INGLÊS
E-mail: ernídiomigliorini@gmail.com
Publico o artigo de Adriana L.
Albertal - Diretora
da Seven Educacional, área da Seven Idiomas que implanta programas bilíngues
certificados por Cambridge English em colégios e universidades.
Qualidade
Acadêmica - Setembro/2015.
É preciso
encarar a responsabilidade de tratar o inglês como uma das prioridades do
Brasil
Enquanto as
universidades do mundo inteiro se esforçam para aumentar o número de alunos e
professores estrangeiros em seus cursos, no Brasil o processo está apenas
engatinhando. Uma das causas é a falta de profissionais com fluência em inglês
e didática adequada para lecioná-lo de forma efetiva. A Meta 6 da UNESCO se
refere à necessidade de melhorar a qualidade de educação e garantir resultados
mensuráveis de aprendizagem para todos.
É consenso
na comunidade acadêmica global que a presença de alunos e professores
estrangeiros em universidades enriquece não só o ambiente de ensino, mas a
própria cultura de um país. Os estrangeiros trazem um repertório diversificado
de idéias, mostram soluções encontradas de forma diferente para os mesmos
problemas, revelam experiências sociais e históricas distintas e uma série de
contribuições capazes de ajudar na evolução dos países para onde se deslocam em
áreas como saúde, negócios, inovação e ciências. Por outro lado, o país precisa
se desenvolver tecnologicamente e o intercâmbio de profissionais provindos de
países mais desenvolvidos é essencial. O Brasil deseja impulsionar e se
beneficiar desse relacionamento, mas tem encontrado muita dificuldade em
atraí-los basicamente por uma razão: poucos brasileiros falam inglês. Professores
e alunos estrangeiros não conseguem se inserir confortavelmente neste contexto.
Números do
Ministério das Relações Exteriores mostram que entre janeiro e agosto do ano
passado foram emitidos 11.341 vistos temporários para estudantes estrangeiros,
o que significam 760 pessoas a mais do que o registrado no mesmo período de
2013. Mesmo assim, as informações da UNESCO revelam que o Brasil ainda perde
para todos os países do BRICS, grupo que inclui Rússia, Índia, China e África
do Sul, na hora de receber estudantes estrangeiros.
Mas, como
podemos entender isto diante de um cenário que aparentemente não deveria nos
conduzir a este resultado? É fato que a maioria das escolas particulares ensina
o idioma inglês. A educação pública também tem a língua como obrigatória no
currículo escolar. Além disso, as redes especializadas proliferam levando o
mercado de escolas de idiomas a figurar entre os que mais crescem no segmento
de franquias.
Com tamanha
abundância de ensino, porque não temos docentes capacitados a ensinar inglês? A
resposta pode ser dada pela própria UNESCO. A Organização das Nações Unidas
para a Educação, Ciência e Cultura divulgou recentemente um estudo sobre o
cumprimento de metas estabelecidas para os países há 15 anos. Entre os seis
objetivos traçados, o Brasil alcançou apenas dois e talvez o que esteja mais
longe de ser alcançado seja a Meta 6. Ela estabelece a necessidade de ‘melhorar
a qualidade da educação e garantir resultados mensuráveis de aprendizagem para
todos’.
Brasil
tampouco alcançou a Meta 4, mais próxima: ‘Alcançar uma redução de 50% nos
níveis de analfabetismo de adultos até 2015’.
Quando então
alcançaremos a Meta 6 que o país tanto precisa, principalmente no tocante
ensino da língua inglesa?
A maioria
dos colégios particulares brasileiros ainda não investem em know how didático
especializado para obter resultados de aprendizagem concretos em inglês. É freqüente
que os professores que lecionam inglês em colégios não conheçam suficientemente
o idioma ou não tenham um efetivo preparo didático. As faculdades que formam
professores de inglês não preparam seus alunos no idioma nem os formam
metodológica e didaticamente. Com freqüência, os cursos de formação de
professores são em português.
Romper com
este ciclo é fundamental. É necessário se certificar de que aquilo que foi
ensinado foi realmente aprendido. Só a inclusão do inglês como uma das
prioridades nos esforços de melhorar a qualidade da educação no país pode
conseguir isto. É responsabilidade de cada gestor educacional refletir sobre
esta questão: o seu curso de inglês ensina inglês de forma comprovada ou é um
curso apenas para cumprir com a exigência do MEC e “só para inglês ver”?
“Não há como
desconhecer certas realidades, próprias, desta época de grandes transformações
mundiais. (EM).”
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