OS INDICADORES DE DESEVOLVIMENTO E RIQUEZA NÃO SÃO
ABSOLUTOS
E-mail: ernidiomigliorini@gmail.com
O indicador que mede a
soma anual dos bens e serviços produzidos, não mede, resultados ou progressos
obtidos pelo País. o PIB é uma cifra que, tecnicamente, ajuda a medir a
velocidade mas não diz o que é produzido, com que custos ambientais e nem para
quem. É bom crescer mais. Mas, com o objetivo fundamental de as pessoas viverem
melhor. O PIB não mede os resultados, mede a intensidade de uso dos recursos.
Enquanto o PIB atinge recordes. A Amazônia teve vinte e oito mil quilômetros
quadrados derrubados de floresta. Isto gera atividade econômica, aumenta o PIB, mas é nocivo para o País. Quando são jogados dejetos
e lixo nos rios, isto obriga o estado a contratar desassoreamento dos rios,
isso aumenta o PIB. Mas degrada o meio ambiente e diminui a qualidade de vida. Quando
aumenta a criminalidade, mais medidas de combate ao crime e de segurança são
adotadas, isto está aumentando o PIB. Mas, a insegurança das pessoas limita a
sua liberdade. Quando se melhora o nível de saúde da população e as pessoas
adoecem menos, compram-se menos medicamentos e há menos hospitalização, ocorre
redução no PIB. Então é importante entender que o PIB não mede resultado, mede
a intensidade de uso dos recursos e as pessoas pensam que o PIB é bom porque o
associam ao emprego. O PIB pode estar caindo e mesmo assim ainda pode haver
pleno emprego. As pessoas que estão estudando, ainda não contribuem para,
somente mais tarde, mas isto é um indicador de desenvolvimento. Por outro lado,
só para justificar que os indicadores nunca são absolutos, a mão de obra atual,
em que o analfabetismo funcional atinge mais de um terço, embora com uma
produtividade relativamente baixa, contribuem para a elevação do PIB. O
investimento nas pessoas faz com que fiquem mais operacionais e reflete no PIB,
posteriormente; e também é um indicador de desenvolvimento amplo.
O PIB não é indicador de
riqueza. Porque para medir riqueza, se mede patrimônio. O PIB não mede bilhões
de fortunas brasileiras em paraísos fiscais e não mede a concentração do
patrimônio de quem controla a terra, mede apenas a intensidade de uso de
recurso durante um ano, mede apenas o fluxo. A riqueza aumenta quando o seu estoque
de riquezas cresce. Nem sempre o aumento de riquezas melhora a qualidade de
vida das pessoas; pode até, embora não intencionalmente, piorar, pelos
problemas que gera colateralmente.
Os indicadores devem incluir
a renda, a saúde, o acesso a conhecimento, as condições ambientais, de
segurança pública, de expectativa de vida, de acesso à internet, da
transformação que está em curso, Indicadores de Progresso Social (IPS), de
mobilidade social, de redução das situações críticas como as de insalubridade,
da desigualdade, de capacidade real de compra, a renda domiciliar per capita, o nível de
emprego e de inclusão social.
BANCO CENTRAL: é
uma instituição que se ocupa principalmente dos problemas monetários:
1)
Inflação;
2)
Taxa de juros;
3)
Taxa de câmbio entre a moeda nacional e outras;
4)
Emissão de moeda;
5)
Supervisão da reserva monetária;
6)
Operações de mercado aberto como leilões, depósitos compulsórios, políticas
de crédito, redesconto. Empréstimos e similares;
7)como
vigilante dos Bancos Comerciais, para garantir que estes Bancos cumpram as Normas
que o Banco Central formula.
Independência do Banco
Central:
A forma de independência da instituição em
relação ao Estado é a autarquia.
Autarquia
Administrativa - pessoa jurídica de
direito público, criada por lei específica, que dispõem de patrimônio próprio
e realiza atividades típicas do Estado, de forma descentralizada. O que
significa ter praticamente as mesmas prerrogativas e sujeições da
administração direta. O seu regime jurídico pouco se diferencia do
estabelecido para esta, aparecendo, perante terceiros, como a própria
Administração Pública.
No BC autárquico, os técnicos podem fixar as
variáveis como indica seu critério, desde que sejam compatíveis com as
metas de Estado e do povo. Ou seja, as metas devem ser consultadas com o
Executivo, com o Conselho e, se houver dúvidas, com uma Consulta Popular, no
caso de que o problema seja de interesse geral.
Como funciona o BC do
Brasil:
Todos os dias, às nove horas, antes que o mercado aberto comece a
operar, o BC estima a posição líquida das reservas dos bancos, com vistas à
colocação de títulos públicos, a estabelecer a taxa de juros desejada e,
dessa forma, controlar a liquidez. Em geral, coloca títulos em excesso, para impedir
que a taxa de juros fique abaixo do nível desejado; mas, para que isso seja
possível, oferece às instituições financeiras a garantia de recompra, no fim
do dia, dos papéis que ficaram sem tomador final. Na prática, esse mecanismo
permite que o Bacen coloque uma massa de títulos superior às disponibilidades
de recursos a serem aplicados. As instituições aceitam essa política, porque
o Bacen lhes garante os recursos não conseguidos no mercado, no fim do dia.
Por outro lado, esse mecanismo permite que o Bacen fixe com mais
tranqüilidade a taxa de juros. Mas, com essa prática, ele acaba sancionando
um verdadeiro círculo vicioso que frustra o objetivo de sua política, pois,
através dela, sanciona as aplicações diárias, estimula as instituições a
ampliarem sem limites suas aplicações, refinancia o Tesouro, reforça a
liquidez e garante aos aplicadores alta liquidez, praticamente sem custo e
sem risco.
“O
silêncio oportuno evita uma porção de contratempos. (EM).”
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