CRONOFARMACOLOGIA
A
cronofarmacologia é a ciência que estuda a hora certa para administrar os
remédios.
A
observância rigorosa pelos pacientes dos horários estipulados pelos médicos, para
ministrar os medicamentos, maximiza os seus efeitos terapêuticos e minimiza os riscos colaterais
dos remédios prescritos. Os medicamentos devem ser tomados no horário correto para fazer
efeito. Não basta tomar remédio, tem que ser na hora certa. E na dose correta.
O objetivo
da cronofarmacologia é melhorar a eficácia e a segurança dos remédios, ajustando a sua
concentração, durante as 24 horas do dia, em sincronia com os ritmos biológicos
dos seres vivos. Cujos ritmos biológicos são resultado direto dos fenômenos
ambientais periódicos e recorrentes: as estações do ano, as fases da lua, as
oscilações das marés e o ciclo dia/noite. Esses ritmos influenciam todas as
funções orgânicas fisiológicas, bioquímicas ou psíquicas.
Há dois tipos de ritmo biológico: o circadiano e o não circadiano, que compreende, o ultradiano e o
infradiano. O ritmo circadiano dura 24 horas e cada processo, como
atividade digestiva, controle hormonal e regulação térmica, se repete diariamente,
nos mesmos horários; o ritmo ultradiano, quando essas repetições ocorrem em
períodos menores de 20 horas: a secreção da insulina; o infradiano,
em períodos maiores de 28 horas: o ciclo menstrual e a produção de plaquetas.
Cada remédio
deve ser tomado em um horário predeterminado para alcançar os melhores
resultados farmacológicos. Quando há maior eficácia e menor efeito colateral.
Há medicamentos que podem ser prejudiciais à saúde quando tomados fora da hora.
Para cada doença, um horário, associado aos períodos de maior incidência de
patologias para estipular a posologia de medicamentos e garantir a sua maior
eficácia, conforme abaixo se referencia:
*Asma e seus Sintomas: Falta
de ar, chiado no peito, tosse, dificuldade para respirar. Maior incidência:
Entre 0 h e 6 h, com pico às 4 h. Porque a queda na produção de cortisol
provoca uma contração nos brônquios pulmonares, que atinge o seu pico às 4 h.
Para o remédio fazer efeito às 4 h, é recomendado que ele seja administrado
pelo menos 8 horas antes, ou seja, às 20 h.
*Diabetes e seus Sintomas:
Sede, perda de peso e falta de apetite. Maior incidência: Entre 3 h e 6 h. As
crises pioram de madrugada. O ideal é que o remédio seja prescrito à noite. Mas
é preciso estar sempre bem alimentado, caso contrário, o indivíduo poderá
sofrer uma crise de hipoglicemia.
*Artrite
e seus Sintomas: Dor forte e perda de mobilidade. Maior incidência: Às 6 h.
Para ter um efeito melhor no organismo, o ideal é que o remédio seja
administrado sempre à noite.
*Cardiovasculares
e seus Sintomas: Dor no peito e dificuldade para respirar. Maior incidência:
Entre 6 h e 12 h, com pico às 9 h. A partir das 6 h, o corpo ganha uma
sobrecarga de cortisol, que provoca elevação na frequência cardíaca. O remédio
deve ter ação prolongada e ser tomado antes de dormir.
Alguns
remédios devem ser tomados de manhã, outros à tarde e outros à noite. Isso
aumenta a eficácia e reduz os efeitos colaterais.
*A
insulina, usada pelos diabéticos, faz mais efeito pela manhã. a tarde e a
noite. Ela tem efeito de forma menor.
*Remédios para tireoide, osteoporose e pressão alta tem
efeito potencializado durante a manhã. A pressão arterial é mais alta entre
cinco e dez horas da manhã. Para começar a funcionar junto com o pico de
pressão arterial.
*Medicamentos contra asma devem ser consumidos a noite.
Ele vai atingir o máximo de atuação exatamente no momento em que a asma estiver
acometendo a pessoa com mais intensidade, no meio da madrugada.
*Os calmantes
devem ser administrados no período noturno, porque provocam diminuição da
ansiedade com diminuição do sistema nervoso central.
*Os
remédios antidepressivos devem ser tomados de manhã, porque melhoram a
capacidade de raciocínio e de vigília.
Todo medicamento tem um período de tempo de atuação no organismo,
descrito por uma curva de eficiência, alcançando sua máxima atuação no tempo
médio do intervalo estipulado para a sua ministração. Doses de 8 em 8 horas; por
volta de 4 a 5 horas após a dose, o remédio estará atuando em sua máxima
eficiência, decrescendo numa
curva descente. Se não houver uma regularidade, ou hora certa, na ministração
das doses sucessivas, o pico, ou cobertura medicamentosa, não terá a mesma
eficiência, ou efeito e, no caso de antibióticos, pode produzir uma cepa, ou
mutação dos micro-organismos que iriam combater, tornando-os resistentes a este
medicamento em questão, advindo a necessidade de outros mais fortes, com
efeitos colaterais mais desconfortáveis.
Quando se
toma uma dose de um remédio qualquer, o princípio ativo atinge com certa dosagem o sangue, e
começa a fazer os efeitos esperados. Essa dosagem começa "baixa",
atinge um valor "médio" e finalmente começa a cair, à medida que o tempo
vai passando. Quando essa dosagem começa a cair, deve-se tomar outra dose, para
mantê-la nos "níveis séricos".
É importante
obedecer aos horários, para manter os níveis corretos do medicamento no sangue
e conseguir o efeito esperado. Porque cada remédio tem o seu tempo de atuação e
eficácia. Se não for tomado na hora certa o efeito do remédio é interrompido.
“A minha
importância não esta no que eu sou, mas sim, no que eu faço, produzo e
concretizo. (EM).”
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