DOR
A dor é o
quinto sinal vital do conjunto: temperatura, pulso, respiração e pressão
arterial. A dor e uma experiência subjetiva associada a dano real ou potencial nos
tecidos; é uma experiência genuinamente subjetiva e pessoal. A percepção de dor
é caracterizada como uma experiência multidimensional, diversificando-se na
qualidade e na intensidade sensorial, sendo afetada por variáveis
afetivo-motivacionais. Com percepção aguda ou crônica, no momento da admissão para
tratamento e durante a evolução clínica.
A dor é uma
experiência subjetiva que não pode ser objetivamente determinada por
instrumentos físicos; não existe um instrumento padrão capaz de mensurar a sua
intensidade interna, complexa e pessoal.
Dor é uma
sensação desagradável, causando um desconforto leve a excruciante; associada a
um processo destrutivo atual ou potencial dos tecidos que se expressa através
de uma reação orgânica e/ou emocional. A dor é uma resposta resultante da
integração central de impulsos dos nervos periféricos, ativados por estímulos
locais. Uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma
lesão real ou potencial. De duas categorias: A dor nociceptiva (Variações
mecânicas ou térmicas que ativam diretamente as terminações nervosas ou receptores.
Fatores químicos libertados na área da terminação nervosa. Fatores libertados
pelas células inflamatórias: a
bradicinina, a serotonina, a histamina e as enzimas proteolíticas. ) e a dor
neuropática.
Vias
Nervosas Periféricas da Dor: neuronais ascendentes lenta e rápida ou do trato
neoespinotalâmico, iniciada por estímulos mecânicos ou térmicos, utiliza
neurônios de axônios rápidos, as fibras A-delta (12-30 metros por segundo).
Esta é a via que produz a sensação da dor aguda e bem localizada. O seu
neurônio ocupa a lâmina I da Medula Espinhal e cruza imediatamente para o lado
contrário. Aí ascende na substância branca na região anterolateral até fazer
sinapse principalmente no Tálamo (núcleos póstero-lateral-ventrais), mas também
na formação reticular.
A via lenta ou do
tracto paleoespinotalâmico é iniciada pelos fatores químicos; utiliza axônios
lentos de diâmetro reduzido e velocidades de condução de 0,5 a 2 m/s. Esta via
produz dor mal localizada pelo indivíduo e contínua. O seu neurônio ocupa a
lâmina V da Medula Espinhal e ascende depois de cruzar para o lado oposto no
tracto anterolateral, às vezes não cruzando. Fazem sinapse na formação
reticular, no colículo superior e na substância cinzenta periaqueductal.
Se um indivíduo sofre um golpe, a sensação de dor imediata é a
rápida, devido às forças mecânicas que estiram o tecido conjuntivo onde se
localizam receptores de dor; dura apenas um tempo limitado. À medida que o
tecido morre e extravasa o conteúdo celular diversas substâncias chegam à
região danificada as células inflamatórias, permanece a dor lenta. O feto começa a sentir dor a
partir da 28° semana.
As sensações
corporais, táteis, térmicas e dolorosas convergem para o tálamo, que interpreta
sensitivamente, emitindo projeções ao córtex cerebral, possibilitando a
consciência e percepção da sensação dolorosa. A dor mais significativa é a produzida
pela via lenta. A via rápida produz apenas sensações de dor localizada e de
duração relativamente curta. A dor crônica tem origem quando os impulsos
recebidos pela via lenta são integrados na Formação Reticular do tronco
cerebral e no Tálamo.
A dor tem um efeito de estimulação da maioria dos
circuitos neuronais. A intensidade com que pessoas diferentes sentem e reagem a
situações semelhantes causadoras de dor é variada. Pela facilidade diferente
nos indivíduos na ativação das vias analgésicas naturais. Uma mesma lesão
tecidual pode causar muito mais dor se for de causa desconhecida ou considerada
pelo indivíduo como significativa, do que se for de causa conhecida ou tida por
pouco perigosa. A hipófise produz beta-endorfinas, que são liberadas para o
sangue e para todo o cérebro, e tem importância na diminuição das sensações
dolorosas em indivíduos com síndromes sistêmicas.
Todas as
pessoas conhecem e fazem uso do mecanismo de massagear o local onde sente dor.
A massagem estimula as fibras aferentes Aβ, que levam a uma analgesia ao local
dolorido.
Muitas
pessoas sentem a sensação de dor na ausência de lesão tecidual ou de qualquer
outra causa fisiopatológica; apenas por motivos psicológicos. A atividade
provocada no nociceptor e nas vias nociceptivas por um estímulo não é dor;
representa um estado psicológico. A dor é um fenômeno ‘biopsicossocial’ que
resulta de uma combinação de fatores biológicos, psicológicos, comportamentais,
sociais e culturais.
A
terminologia referente à dor: O limiar de dor fisiológica estável é o ponto ou
momento em que um dado estímulo é reconhecido como doloroso. Para efeito de
classificação a dor é aguda, com duração limitada e causas conhecidas. É
crônica com duração maior de três meses e causa desconhecida ou mal definida.
A dor é uma qualidade sensorial fundamental para alertar os indivíduos
para a ocorrência de lesões teciduais, para que mecanismos de defesa ou fuga
sejam adotados. A dor é um efeito extremamente necessário. É o sinal de alarme
da ocorrência de dano ou lesão. Ela é produzida por alterações na normalidade
estrutural e funcional de alguma parte do organismo.
“A mudança
depende de cada um; mas só os que mudam diante do impasse, conseguem alcançar
resultados satisfatórios. (EM).”
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