SONHOS
Por ERNÍDIO MIGLIORINI E-mail: ernidiomigliorini@gmail.com
Nos sonhos o modo de pensar é diferente e por isto favorece à inspiração, criatividade e solução de problemas; porque enseja alternativas fora do padrão de raciocínio, acionando o cérebro adormecido para vencer barreiras e produzir criatividade.
Os sonhos parecem incoerentes, triviais, estranhos e sem sentido e configuram-se como sendo um labirinto. Com características diversas, diferentes do estado bioquímico de vigília e alteração do funcionamento neurológico.
Testes científicos comprovam que os sonhos simulam situações e consolidam memórias; nesta condição o pensamento oscila entre reminiscências, reflexões e outros desdobramentos. Os sonhos apresentam imagens associadas a movimento. São visualmente ricos, mas desprovidos de lógica.
Existem e continuam existindo investigações científicas a respeito deste assunto, todas afirmando cada vez mais, que sonhar não é um mero evento.
O sono é formado por ciclos de aproximadamente 90 minutos, em cada um ocorre um rápido período de movimento ocular (REM), com intensa atividade cerebral; com uma média de cinco sonhos por noite. Durante o sono certas áreas neurais desligam-se com mais facilidade. No córtex, as partes associadas à imagens visuais e percepção de movimento são ativadas fortemente. O sono é muito importante para a consolidação da aprendizagem, para aprender algo novo, reter melhor conteúdos; porque o sono REM gera a consolidação da memória, reforçando os circuitos cerebrais. O período de sono REM prolongado melhora o processo de lembrança, a interpretação do significado das imagens, a capacidade de articulação e a solução de problemas. Problemas que parecem muito difíceis, após uma noite de sono, adquirem uma configuração mais resolutiva e translúcida. As áreas cerebrais baseadas em lógica e racionalidade são menos ativadas durante o sono REM, dando lugar à soluções surpreendentes, inovadoras e criativas, fora dos padrões praticados; produzindo no cérebro adormecido alta atividade das suas áreas visuais, vislumbrando soluções pouco comuns, mais rapidamente que quando acordados.
O ser humano passa mais de um terço da sua existência dormindo e um terço deste tempo sonhando e brevemente aprenderemos a dirigir as nossas produções psíquicas e bioquímicas.
Nos sonhos há menos racionalidade, a realidade é vista sob novos ângulos; quebrando os padrões convencionais de resolução de problemas. Durante o sono o monitoramento do ambiente é feito com sentidos específicos, de olhos fechados, não vistoriando o ambiente durante o sono REM; com o corpo imóvel.
Nunca se deve descartar rapidamente qualquer dos nossos pensamentos.
É possível sonhar intencionalmente, através do desenvolvimento do processo de incubação, psicologicamente construído, conforme a proposição a seguir:
1-No momento de dormir escrever objetiva e sinteticamente o que deseja ver resolvido e ter um sonho revelador; colocar a anotação, a caneta, e uma luminária próxima à cama.
2-Imaginar estar sonhando com o assunto, recapitular por alguns minutos e ao acordar anotar o resultado.
3-Deitado pensar no assunto evocando uma cena ou imagem concreta da sua solução.
4-Ao começar a adormecer repetir para si mesmo que quer sonhar com o assunto.
5-Ao despertar tentar recapitular o que foi sonhado, com o máximo de detalhes.
6-Escrever o que for lembrado, em forma de palavras-chave.
Manter próximo ao leito objetos que associem ao que se quer concretizar.
“ O Poder mental se constitui de um potencial inimaginável. (EM).”
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