A INFLUÊNCIA DA GRÉCIA
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A Grécia antiga
e a influência da cultura helenística na civilização ocidental em todos os
campos é algo, que impõe ao pensador uma pergunta: “Por que
a Grécia exerce tamanha e abrangente influência mundial e se constitui num
símbolo e sinônimo da mais pura etimologia. Onde está o verdadeiro âmago desta
magnífica capacidade de influenciar, com a excelência da qualidade límpida.
Isto mesmo em espaços mundiais onde não houve incursões militares gregas”?
É importante
conhecer a Grécia da Antiguidade, que se desenvolveu entre 2000 a.C. e 500 a.C.
cuja herança cultural está cada dia mais viva, construtiva e
fundamentadora, na filosofia, nas artes
plásticas, na arquitetura, no teatro, nas ideias e conceitos das ciências
humanas, exatas e biológicas. Principalmente na formação da nomenclatura e da
terminologia idiomática e científica.
A
Antiguidade grega foi um ícone inigualável, geratriz de cultura, conceitos,
padrões, assertivas, paradigmas e revelações fantásticas. Tão verdadeiros que
permeiam tudo o é que científico e aplicável vernaculamente na atualidade. A
Grécia atual não configura uma descendência direta dos povos que começaram a se
organizar a mais de quatro milênios. A Grécia antiga não formava uma nação
única, era composta de várias cidades, com as suas próprias organizações
sociais, políticas e econômicas. Os gregos tinham uma só língua, e era
entendida pelos povos das várias regiões que formavam a Grécia. Tinham a mesma
crença religiosa e compartilhavam valores culturais, festivais de teatro e
competições esportivas e formavam a Hélade, o conjunto dos povos gregos.
A Grécia
antiga era formada por ilhas, uma península e parte do continente europeu.
Cidades-Estados localizadas ao sul da Europa, nas ilhas entre os mares Egeu e
Jônio. Atenas, Esparta, Corinto e Tebas. Comercializavam, guerreavam entre si,
motivadas pelo controle da região e para conseguirem escravos, prisioneiros de guerra, para mover a economia.
Os cidadãos naturais da cidade e proprietários de terras tinham direitos
políticos e podiam se dedicar a atividades artísticas, intelectuais, guerreiras
e esportivas. As pessoas com mais prestígio e propriedade cuidavam
exclusivamente do aprimoramento do corpo e da mente. Os mais pobres e os escravos
movimentavam a economia, fazendo o trabalho braçal, algo desprezível.
No ano 2.000 a.C. A cultura grega foi tão
importante, que se tornou a síntese das culturas dos povos da África e do
Oriente Médio. Os cretenses, excelentes navegadores. Os egípcios, pelo complexo
domínio de conhecimentos técnicos e organização social. Os fenícios, inventores
do alfabeto cerca de 1.000 anos a.C., aperfeiçoado pelos gregos, e deu origem
ao alfabeto latino, inventado pelos romanos, donde se originou a língua portuguesa.
Na Sociedade
espartana, os homens viviam para a vida militar. Eles só podiam casar depois de
terem sido educados pelo Estado. O governo era exercido pelos conselhos de
velhos, que controlavam a sociedade e definiam as leis. As mulheres espartanas
cuidavam da casa e administravam o comércio na ausência dos homens.
Em Atenas, no século 5 a.C., as decisões políticas
por governo da maioria, a democracia. Todos os cidadãos podiam representar a si
mesmos, não elegiam ninguém e decidiam os destinos da cidade. Atenas abria
espaço para os cidadãos, e reservava menor espaço para as mulheres. As mulheres
e os escravos, não eram considerados cidadãos.
Na Grécia Antiga, os jogos olímpicos eram um ritual
de homenagem a Zeus, o deus máximo. Realizavam-se na cidade de Olímpia e
envolviam todas as cidades-estados da Hélade em competições de atletismo:
corrida, luta livre, arremesso de discos, salto e lançamento de
dardos. Os vencedores recebiam uma coroa de folhas de oliveira.
No século 4 a. C. Sob o domínio de Alexandre, o
Grande, a cultura grega se expandiu territorialmente, indo do Egito à Índia,
influenciava e sofria influências. Essa cultura grega se expandiu mundialmente,
chamada de cultura helenística.
No século 1
a.C., os romanos chegarem à Grécia antiga, conquistando-a. Roma incorporou a
maior parte dos valores gregos e, inaugurou a cultura greco-romana. A cultura
greco-latina e o seu conhecimento são um pilar para o saber.
Durante o seu apogeu, a civilização grega governava sobre todo o
mediterrâneo. Estabeleceram tradições de justiça e liberdade, a sua arte,
filosofia e ciência tornaram-se fundamentos do pensamento e da cultura
ocidental. Os gregos da antiguidade chamavam-se de Helenos Έλληνες, e incluíam todos os que falavam grego, mesmo que não
vivessem na Grécia, davam o nome de Hélade Έλλάδα
à sua terra, nunca chamaram a si mesmos de Gregos nem à sua civilização de
Grécia, ambas essas palavras são latinas, atribuídas pelos romanos.
Os gregos
originaram-se dos Aqueus Αχαιοί, dos
Jônios Ίωνες, dos Dórios Δωριείς e dos Eólios Αἰολεῖς, indo-arianos da Europa Oriental. As populações invasoras são
conhecidas como Helênicas Ελληνικής,
crença de que descendiam do herói Heleno Έλλην,
filho de Deucalion Δευκαλίων e Pírra Πύρρα, ancestrais da raça humana.
Os gregos foram conhecidos como: Helenos Έλληνες; pagãos; Gregos Γραικοί; Romanos Ρωμιοί; Romaios, Romaioi representava para os gregos sua cidadania
romana e sua ancestralidade helênica; Ar-Rum
significando os romanos orientais, bizantinos e gregos; Yavan; Yunan (Ίωνες); Ionia (Ιωνία), nome pelo qual os gregos são conhecidos no Oriente
atualmente.
A Linguagem: É uma construção humana de sinais convencionais. A língua é
a porta do ser humano, a percepção do mundo, o meio privilegiado de apropriação
do real, o instrumento de inserção no mundo e veículo de construção interior.
O homem é o único que tem fala de entre os animais.
É pela palavra que nos conhecemos e conhecemos o
mundo. A linguagem é uma cadeia de sons articulados, marcas escritas ou gestos,
é a faculdade do homem de criar símbolos. A
linguagem, no sentido próprio, consiste no que o homem se manifesta e comunica.
A cultura é todo o conjunto de atividades que são realizadas pelo homem como
membro de uma comunidade. A Linguística
é a ciência que estuda a linguagem verbal, o seu objeto material. O adjetivo deixa claro que há vários aspectos da
linguagem. A linguagem verbal é intencional
e a Lingüística a enquadra como uma atividade comunicativa, com um conjunto de
sinais que estão orientados para cumprir funções de ordem informativa. A
primeira grande finalidade dos sinais linguísticos é realizar conhecimento,
saber e comunicação. A linguagem é o veículo do conhecimento, é a forma por
excelência de organizar cognitivamente o mundo. A
atividade verbal é social, dialógica, e implica em interlocutores, os
indivíduos que desempenham as funções de emissor e receptor, estabelecendo
contatos e ligações sócio-afetivo-econômico-espiritual e cultural entre as
pessoas. A necessidade de se comunicar
liga-se intimamente à condição social do homem, com um impulso irreprimível de
estabelecer intercâmbio, de se relacionar. O ser humano é levado a comunicar, a
transmitir o que pensa, sente e conhece. Comunicar também significa estabelecer
comunidade. Para comunicar, o homem utiliza
essencialmente a linguagem, que é um sistema
de signos socializado e, um fenômeno cultural, não inato, foi ensinado. O
fenômeno da comunicação liga-se em absoluto à feição social do homem. A língua é o principal
sistema de comunicação entre os homens e a cultura é a soma dos comportamentos
codificados, realizados e interpretados pelos membros da organização social em
situações comunicativas, equivale afirmar que cultura é igual a comunicação.
A comunicação é um sistema de códigos
interdependentes transmissíveis através de canais influenciáveis com base
sensorial. Língua é a marca da personalidade, do país natal, e da nação. Sistema
semiótico é uma série finita de signos interdependentes entre os quais, através
de regras, se podem estabelecer relações e operações combinatórias, de modo a
produzir-se semiose. o processo no qual alguma coisa funciona como um sinal.
A formação
de novas palavras ocorre por derivação e composição. A derivação é prefixal,
sufixal, parassintética e regressiva. A
composição é por justaposição e aglutinação. Na Derivação prefixal utilizam-se,
prefixos gregos e latinos. Na derivação sufixal utilizam-se sufixos nominais na
formação de substantivos e adjetivos, e sufixos verbais na formação de verbos.
A derivação parassintética consiste na utilização simultânea, na mesma palavra,
de um prefixo e de um sufixo. Na composição por justaposição duas palavras se
unem, com ou sem hífen, sem que nenhuma delas sofra qualquer modificação. Na aglutinação ocorre modificação em uma
delas ou em ambas.
Raiz é o
elemento nuclear, primitivo e irredutível da palavra, que exprime a ideia
central. Radical é a parte da palavra desprovida do sufixo. Pode ser a própria
raiz ou acrescida de outro elemento, caso em que também é chamada de tema.
Prefixos são elementos ou partículas que se antepõem ao radical, modificando o
sentido da palavra. Originam-se, em sua maioria, de preposições ou advérbios.
Sufixos são elementos ou partículas que se pospõem ao radical, para formação de
derivados da mesma palavra. Os sufixos podem ser nominais (substantivos e
adjetivos) e verbais. Desinência é o elemento final da palavra, indicativa da
flexão nominal (gênero, número e grau) ou verbal (modo, tempo, número, pessoa e
voz).
O grego e o
latim possuem declinações, um sistema de flexões casuais dos nomes, que permite
reconhecer a função da palavra na oração por sua terminação. Há três
declinações em grego e cinco em latim, conforme o tema. A declinação se dá no singular
e no plural e abrange cinco casos em grego e seis em latim. Os casos em grego
são: nominativo, genitivo, dativo, acusativo e vocativo. Em latim há um caso a
mais, o ablativo. O nominativo
corresponde ao sujeito da oração; o genitivo ao adjunto adnominal; o acusativo
ao objeto direto; o dativo ao objeto indireto; o ablativo aos adjuntos
adverbiais, e o vocativo expressa um apelo ao sujeito. O ablativo em grego é
substituído pelo genitivo ou pelo dativo. As línguas sem declinação, como a
portuguesa, valem-se de preposições para substituir as flexões casuais. Em
português usa-se a preposição de para o genitivo; a ou para no dativo, e por em
lugar do ablativo. O nominativo e o acusativo, ou seja, o sujeito e o objeto
direto são identificados por sua colocação na frase, sem necessidade de
preposição.
As palavras
formadas com elementos de mais de um idioma são chamadas híbridas. O hibridismo
deve ser evitado, sempre que possível.
A Língua Grega: É indo-europeia e sofreu sucessivas alterações e se particularizou.
Corresponde à língua que os povos da Europa Central até às estepes siberianas
utilizaram cerca de 5.000 a.C. A língua grega integra-se nas ramificações do
Indo-Europeu e os textos antigos revelam o seu caráter dialectal. Na Grécia
Antiga, no princípio da época histórica, não havia uma só língua comum a todos
os gregos. Vários falares ou dialetos apresentam diferenças significativas no
aspecto fonético, diversificação explicada por razões históricas, cronológicas,
políticas e geográficas. Classificação dos dialetos gregos: Jónico-ático,
Acaico, integrando o arcádico, o cíprico e o panfílico; Eólico; Dórico. A
língua grega foi reestruturada em 1829. A escrita grega era denominada Linear A
e B, com 88 símbolos. Os caracteres usados pelos Gregos eram chamados F o i n i k h i a g r a m m a t a. A
língua grega teve mudanças variadas na pronúncia, ortografia, morfologia e
vocabulário, e através da união conferida por um só alfabeto, é um verdadeiro
símbolo da unidade helênica. Os Gregos cedo se afastaram culturalmente dos
não-Gregos. Surge dai a dicotomia Grego-Bárbaro. Bárbaro era o que não falava
grego, o sentido de bárbaros liga-se a um som áspero, rude, ininteligível,
incivilizado. A língua grega é um fundamento basilar do Português, em
quantidade e em qualidade! Os Gregos, quando se referiam ao seu país,
utilizavam o topônimo Hélade, que deriva de Heleno, chamavam-se a si mesmos de
Helenos. O topônimo Grécia e o etnônimo Gregos têm uma origem latina (Graecia e
Graeci) e originariamente designavam uma região e um grupo étnico do litoral do
Epiro.
A Língua Portuguesa: O
português é uma língua derivada do latim falado na Roma antiga. Depois foi
influenciada pelo árabe, pelo hebraico, pelo francês, pelo inglês, pelo
japonês, pelo alemão e marcantemente pelo grego. Inúmeras palavras que
enriquecem o português vieram da língua grega.
Vocábulos Gregos
disseminados nos Idiomas: Oftalmo (olho), oftalmologista (estuda os olhos), Oto
(ouvido), Otite (inflamação do ouvido), Otalgia (dor de ouvido), algia (dor),
cefalalgia (dor de cabeça), encéfalo(dentro da cabeça), acéfalo (sem cabeça),
analgésico (sem dor), Rino (nariz), nefrite (inflamação renal), gastrite
(inflamação estomacal). Rinoceronte (chifre no nariz), Laringo (garganta),
Logia (estudo), biologia (estudo da vida), geologia (estudo da terra),
cardiologia (estudo do coração), etimologia (estudo da origem das palavras),
ista (sufixo: ofício, ocupação), Micróbio (curta vida), miocárdio (músculo do
coração), helicóptero (asa é a hélice),
ortografia (correta escrita), hematofobia (aversão a sangue), kosmos (ordem
mundial), akosmia (desordem mundial), sicofanta (patife, impostor), antropo
(homem): antropologia, antropóide, pitecantropo, antropopiteco, misantropo,
filantropo, antropófago, antropofagia, antropocêntrico, antropófobo,
antropogénese, antropografia, antropolatria, antropólatra, antropólito,
antropólogo, antropomancia, antropometria, antroponímia, antroposofia,
antropoteísmo, antropoterapia, antropozóico, teofilantropia; peso (baro): barógrafo,
barologia, barómetro, barometrografia; game (casar): agamia, agâmico, âgamo,
endogamia, poligamia, bigamia, fanerogâmica, criptogâmica; geo (terra): apogeu,
geocêntrico, geocinético, geodesia, geodinâmica, geogenia, geografia,
geognosia, geodesiografia, geologia, geólogo, geomancia, geometria,
geomorfologia, georama, geostática, geotectónica, geotermia, geotropismo; dinami
(força): díname, dinamia, dinâmico, dinamismo, dinamite, dinamizar, dínamo,
dinamógrafo, dinamómetro; fígado (hepato): hepatal, hepatalgia, hepático,
hepatismo, hepatite, hepatização, hépato, hepatografia, hepatologia; zoo
(animal): zoóbio, zoobiologia, zoocarpo, zoodinâmica, zoocina, zoodomácia,
zooelectricidade, zooética, zoofagia, zoófago, zoofilia, zoófito, zoofobia,
zoogenia, zoogeografia, zoogleia, zoogonia, zoógono, zoólatra, zoólito,
zoologia, zoomorfia; hélio (sol): heliocêntrico, heliocromia, heliofilia,
heliofobia, heliografia, heliogravura, heliómetro, helioplastia, helioscopia,
heliose, heliostático, helióstato, heliotipia, heliotropia, heliotrópico,
heliotropismo; teo (Deus): teísmo, teísta, teocracia, teodiceia, teófago,
teofania, teofilantropia, teofobia, teogonia, teologia, teologismo, teólogo,
teomancia, teomita, teomante, teomitologia, teopsia; metron (medida): métrico, metrografia, metrologia,
metrologista, metromania, metrónomo, metrópole, metropolita, cronometria,
hidrometria, geometria; xeno (estrangeiro); xenofilia, xenófilo, xenofobismo,
xenofonia, xenografia, xenógrafo, xenomania, xenômano; oligo (pouco, pequeno):
oligarca, oligarquia, oligoceno, oligóclase, oligoquetas; pato (doença):
patogénese, patogenia, patognómico, patologia, patológico, patologista,
simpatia, antipatia; pedo (criança):
pedagogia, pedagogo, pediatria, pedófilo, pedologia; potamo (rio): potamides,
potamita, potamografia, potamologia, potamónimo, hipopótamo, Mesopotâmia; proto
(primeiro): protagonista, protonauta, protonotário, protoplasma, protótipo,
prototórax, protozoário; sema (sinal): semafórico, semáforo, semantema,
semântica, sematologia, polissemia; sofo (sábio), sofia (sabedoria): sofomania,
sofómano, filósofo, filosofia, teosofia; topo (lugar): topofobia, topografia,
topógrafo, topologia, toponímia, topónimo, tópico; hidro (água): hidratar,
hidrato, hidráulico, hidremia, hídria, hidriatria, hídrico, hidroavião,
hidrosfera, hidrófilo, hidrofobia, hidrófobo, hidróforo, hidrogenia,
hidrogeologia, hidrognosia, hidrografia, hidrólatra, hidrólise, hidrólogo,
hidromancia, hidromântico, hidrometria, hidromia, hidrópata, hidrópico,
hidropírico, hidroplano, hidrópota, hidrorragia, hidrorreia, hidroscopia,
hidrostática, hidrotecnia, hidrotérmico, hidrótico, hidrotipia, hidrúria,
hidromedusa; filo (amigo): filodérmico, filodinastia, filoginia, filologia,
filomatia, filosofia, filotecnia, filotimia; crono (tempo): crónica, cronista,
cronografia, cronógrafo, cronologia, cronometria, cronómetro, cronônimo,
cronoscópio; psique (alma): psicalgia, psicanálise, psicofisiologia,
psicogenia, psicognosia, psicografia, psicógrafo, psicologia, psicólogo,
psicometria, psicopata, psicose, psicoterapia, psiquiatria, psíquico,
psiquismo. Radicais, prefixos e sufixos gregos: agogô, algia, arca, arquia, astenia,
céfalo, cracia, doxo, dromo, edro, fagia, fago, filia, fobia, fobo, foro, gamia,
gamo, gêneo, glota, glossa. demagogo, pedagogo, cefalalgia, nevralgia, heresiarca,
monarca, autarquia, monarquia, neurastenia, psicastenia, dolicocéfalo,
microcéfalo, democracia, plutocracia, heterodoxo, ortodoxo, hipódromo,
velódromo, pentaedro, poliedro, aerofagia, antropofagia, antropófago, necrófago,
bibliofilia, lusofilia, fotofobia, hidrofobia, xenófobo, zoófobo, electróforo,
fósforo, monogamia, poligamia, bígamo, polígamo, heterogêneo, homogêneo, poliglota,
isoglossa.
Expressões gregas:
->Fiel como
Penélope: esperou fielmente 20 anos pela volta de Ulisses.
->Ser sábio
como Nestor: símbolo da prudência e sabedoria.
->Ser um
beócio: Ser pouco inteligente.
->Ser um
Édipo: decifrar enigmas.
->Passar
entre Cila e Caríbdis: Ser símbolo de coragem.
->Cavalo de
Tróia: simboliza a traição.
->Olhar
esfíngico: um olhar misterioso, enigmático.
->Olhar de
lince: olhar penetrante.
>Olhar de
Argos: ver tudo.
->Ser anfitrião:
o que recebe bem em casa.
->Ser um
sósia: pessoa muito parecida.
->Ter um
olhar de Medusa: olhar que petrifica.
->Um
labirinto: uma questão intrincada sem saída aparente.
->Ser um
dédalo: simboliza engenhosidade e
habilidade.
->Ser uma
megera: mãe ou mulher cruel.
->Encantos de
Circe: feitiçaria poderosa transformadora de seres.
->Encantos de
Medeia: feitiçaria que atrai apaixonados.
->Ser um Ícaro
ou tentativa icária: voar demasiado alto, atrevimento.
->Barca de
Caronte: viagem das almas ao Hades.
->Calcanhar
de Aquiles: o único ponto fraco de cada um.
->Canto das
sereias: atraíam até à perdição os marinheiros incautos.
->Um nó
górdio: um nó que ninguém desfazia.
->Educação
espartana: alusão à rígida educação, plena de austeridade e sobriedade.
->Espada de
Dâmocles: símbolo de perigo iminente.
->Ficar para
as calendas gregas: para o dia de São Nunca.
->Lei
draconiana: severidade.
->Pedra de
Sísifo: castigo de rolar eternamente um rochedo como castigo interminável.
->Ser
narcisista: apaixonar-se por si próprio.
->Ser como
Creso: ter colossal riqueza.
->Suplício de
Tântalo: castigo de ver o que deseja e precisa, tudo estando próximo, mas
inalcançável.
->Tomar a
nuvem por Juno: apanhar algo pensando ser o que aparenta, mas na verdade não é.
Ser enganado pelas aparências.
Heranças gregas:
->Psicanálise:
Complexo de Édipo, Complexo de Electra, Complexo de Zeus, Complexo de Prometeu,
Complexo de Narciso, Complexo de Fedra, Complexo de Faetonte.
->No Dicionário Etimológico de Antenor Nascentes,
com vocábulos da Língua Portuguesa existe 16.079 Palavras de origem grega. A língua grega é um fundamento basilar do
Português, tanto em quantidade como em qualidade. E foi enriquecida com
inúmeros helenismos por via erudita. Porém, a maioria dos vocábulos gregos evoluíram
para a língua portuguesa por via popular.
->A grande
parte das raízes gregas encontra-se em vocábulos de carácter científico de
física, química, biologia, medicina e cirurgia, geografia, mineralogia.
->Da
Grécia, veio um património linguístico e um universo cultural que estruturou a língua e a cultura ocidental
->Principais
prefixos gregos usados na medicina: a, an - privação: acloridria, afasia,
anaeróbio, analgésico; an, ana - para
cima, para trás: anionte, anaplasia ; ana - de novo: anamnese, anastomose; anti -
contra: antiemético, antídoto, antissepsia; apo - separação, derivação:
apócrino apófise, aponeurose; dia -
através de: diagnóstico, diafragma, diarréia, diáfise, diálise; dis -
dificuldade: disfagia, dispnéia, dislalia, distrofia, disúria; ecto -
fora de, exterior: ectoderma, ectópico, ectoparasito; endo - dentro, parte interna: endocárdio,
endógeno, endotélio; epi - sobre:
epiderme, epidemia, epífise, epidídimo; eu
- bem, bom: euforia, eugenia, eutanásia; exo - para fora, externo: exoftalmia,
exosmose, exógeno; hemi - metade:
hemisfério, hemiplegia, hemicrania, hemicolectomia; hiper - aumento, excesso:
hipertrofia, hipertonia, hiperglicemia; hipo - diminuição ou posição abaixo:
hipocloridria, hipocôndrio; iso - igualdade: isotérmico, isogênico,
isótopo, isotônico ; meta - mudança, sucessão: metamorfose, metafase, metacarpo;
neo - novo: neoplasia, neoformação, neologismo; oligo - pouco: oligospermia, oligúria,
oligofrênico; orto - reto, direito:
ortognata, ortopedia, ortodontia; pan -
todo: pancardite, pangastrite, pandemia, pan-hipopituitarismo; pen - escassez, pobreza: citopenia,
leucopenia, linfopenia; para -
proximidade: parasito, paratiróide, paramétrio, paranormal; peri - em torno de:
periarticular, periférico, peritônio, pericárdio; poli – muito: policitema,
polidipsia, polimenorréia, poliúria; pro
- anterioridade: prognóstico, proglote; sin
- idéia de conjunto, simultâneo: síndrome, sincrônico, sincício.
->Principais
sufixos gregos usados na medicina: ase - enzima: amilase, lipase, fosfatase,
transaminase; ia - coleção, qualidade, ciência: enfermaria, assistolia,
cardiologia; ismo - doença, sistema, crença: alcoolismo, botulismo, vitalismo; íase
- doença causada por parasito ou bactéria: amebíase, hanseníase; ite - inflamação: apendicite, gastrite,
cistite, miosite; óide - semelhante a: mastóide, esfenóide, esquizoide; oma - tumor: mioma, carcinoma, sarcoma; ose - doença não inflamatória, ou
degenerativa: artrose, dermatose.
->Termos médicos oriundos do grego. Termos formados diretamente de
elementos gregos. A maioria dos termos da medicina são compostos de temas ou
radicais gregos.
“Não existe trevas ou escuro;
o que ocorre nestas circunstâncias é a ausência da luz e de luz. A luz existe e
gera a luminosidade. (EM).”
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