CHORO
As pessoas
choram porque o cérebro envia um comando de ação às glândulas lacrimais. O
choro é uma resposta do sistema límbico cerebral, responsável pelos
sentimentos, cujo sistema, associa um estímulo emotivo com aqueles que já
estavam guardados. Gerando, além do choro mais algumas respostas. Liberando
várias substâncias envolvidas no processamento das emoções, como noradrenalina
e serotonina, que através do sistema nervoso independente causarão a contração
da glândula lacrimal, liberando a lágrima e a ação de piscar dos olhos. O choro
é uma forma de expressar sentimentos e emoções. Como se isto possa gerar
alívio, conforto, compaixão e similares. O choro é uma necessidade gerada pelo
organismo. Mas, o ser humano tem a capacidade de simular o choro para
conquistar objetivos.
Esses
fenômenos neurológicos e endocrinológicos relacionam-se ao instinto de defesa
do ser humano. Há vários tipos de choro resultantes de alguma emoção espontânea
ou simulada e os intermitente ou persistentes, que surgem sem motivo e são indicativos
de doenças. O choro pode ter vários significados: alegria ou dor,
vitória ou derrota, heroísmo ou fraqueza. Tudo depende da condição geral de
cada pessoal e das circunstancias da cada evento.
O Choro dos Bebês e das
Criancinhas: Bebês, mesmo completamente saudáveis, choram entre uma e três horas por dia no
total. Como não podem fazer nada sozinhos, o choro é um meio de comunicar que
eles estão precisando de algo.
O choro pranto: Excesso ou ato de chorar ou
lacrimejar como um efeito fisiológico dos seres humanos produzindo grande
quantidade de lágrimas dos olhos, em estado emocional alterado de medo,
tristeza, depressão, dor, saudade, alegria exagerada, raiva, aflição, e
assemelhados.
Choro e Intencionalidades: As
Crianças quando querem chamar a atenção do responsável choram ou gritam.
Adultos choram para desencadear uma reação de empatia, de solidariedade e
afins. Os artistas, atores e atrizes, para representar uma dramatização.
Utilizam o recurso, que consiste na técnica aplicada em escolas de teatro em
que O ator pensa em algo pessoal que ajude a desencadear a sua emoção. Há
também o emprego para desencadear as lágrimas, de um produto à base de mentol.
Os atores passam debaixo dos olhos para produzir lágrimas.
Lágrimas: São gotinhas produzidas pela
glândula lacrimal formadas por três camadas: uma película de gordura,
envolvendo o recheio de água, sobre um filete de muco. As lágrimas
lubrificantes ou basais servem para umedecer, nutrir e limpar a córnea,
fabricadas numa média de 1 ou 2 microlitros por minuto (1 microlitro equivale a
1 litro dividido por um milhão); para que os olhos fiquem protegidos,
hidratados e livres de bactérias. Há diferença entre as lágrimas com função
lubrificante, as que surgem como reflexo a um cisco, e as lágrimas emocionais.
As lágrimas que são vertidas quando se chora para expressar algum sentimento.
Ao contrário das basais e das reflexas, que têm um propósito bem definido; não
trazem nenhum benefício especial para a córnea ou para a superfície ocular. As
lágrimas emocionais são relacionadas com a parte do cérebro onde a tristeza é
registrada. O sistema endócrino é acionado para que libere hormônios para a
área ocular causando a formação de lágrimas, que contém a proteína prolactina, hormônios
adrenocorticotróficos e encefalina-leucina.
É
provável que o choro tenha surgido antes da linguagem falada, como uma
expressão mímica para comunicar dor. O homem já havia esgotado os recursos
faciais com movimentos musculares de
levantar a sobrancelha ou de morder os lábios e para revelar estados anímicos
de curiosidade, surpresa ou medo, precisou escolher uma nova expressão no rosto
para dizer ao outro que sentia dor. As lágrimas foram a melhor escolha. As
razões biológicas que provocam as lágrimas emocionais e um ponto em comum entre
os estados emocionais que desencadeiam o pranto revelam que as pessoas
femininas choram mais vezes. Os homens têm glândulas lacrimais menores do que
as mulheres. Chora-se mais às sextas-feiras e aos sábados,
porque são os dias em que as relações interpessoais se intensificam. O choro é
mais comum à noite. As lágrimas emocionais podem ser identificadas como
“pedidos de ajuda” ou “oferecimentos de ajuda”. As lágrimas são um poderoso
instrumento de comunicação com os demais. Do choro do recém-nascido ao pranto
no leito de morte, as lágrimas funcionam como palavras sinceras ou
estratégicas, copiosas ou escassas. O ser humano é culturalmente treinado para deixar
que os sentimentos aflorem, diante dos outros, em momentos considerados
apropriados para isso. O choro é uma experiência humana imprecisa e variada.
O impacto do choro no ser
humano: Chorar faz bem. Diversos problemas psicossomáticos e
episódios de depressão têm sua origem na repressão do choro. As lágrimas ajudam
a pessoa a expressar suas necessidades, e também a preenchê-las. Chorar
funciona como uma descarga física e emocional. As lágrimas aliviam a alma.
Chorar faz bem para a aparência porque traz benefícios para o corpo, para a
alma e para o humor. O pranto não acontece num momento de clímax emocional para
desafogar a tensão. As lágrimas aparecem quando o organismo está se
restabelecendo da profusão de emoções. Trata-se de uma reação pós-crise, de um
mecanismo natural de cura. O choro é um mecanismo de segurança, pois livra o
corpo das toxinas relacionadas ao estresse. Conter as emoções pode se tornar
algo perigoso em longo prazo. Sufocar lágrimas emocionais pode aumentar o risco
para doenças cardíacas e hipertensão. Muitas doenças e condições têm no choro o
principal sintoma. Chorar compulsivamente é uma tentativa inesgotável da
fixação na mais profunda dependência emocional, desejando a regressão a uma
etapa infantil da vida, a fim de se obter todo o afeto negado, se travando um
duelo entre a carência emocional que clama por toda a atenção, juntamente com
as tarefas afetivas da pessoa no atual momento de sua vida, que infelizmente se
recusa a realizar. O choro é a pura admissão de um processo de tristeza ou
consternação. Mostra a maneira mais límpida de como revelar o íntimo para os
outros, e se há um sentido positivo com esta atitude.
“A solução
de tudo aquilo que precisa ser solucionado, tem como pressuposto importante a
existência de luz, como um dos seus fatores
elucidativos. (EM).”
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