CONFORMISMO
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A existência pessoal é marcada por mudanças, e elas
ocorrem o tempo todo e podem acontecer de uma hora para a outra. O impacto
destas transformações depende mais da pessoa que as sente do que
necessariamente do fato ocorrido.
Tendemos a
sofrer em excesso por situações que não estão sob nosso controle, e às vezes
sofremos mais por nossa própria resistência em aceitar o acontecido do que pelo
fato negativo em si.
As emoções
são extremamente necessárias e não é aconselhável reprimi-las. A tristeza serve
para recuperar o equilíbrio após uma perda. A ansiedade nos ajuda a nos
protegermos de certas ameaças e perigos. O nojo nos preserva de nos
contagiarmos com alguma doença. As emoções, quando são adaptáveis e coerentes
com a situação que estamos vivendo, são muito necessárias e nos ajudam a
sobreviver.
O fato de
nos sentirmos bem ou mal é determinado por nossa maneira de ver os
acontecimentos. A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional. Podemos
decidir quanto e como queremos sofrer e, para isso, um dos princípios que precisamos
interiorizar é o de que o mundo é incerto e que temos controle de pouquíssimas
coisas, mas isso faz parte do contexto.
Aceitar não é se
conformar. Ser fraco é gastar energias e o valioso tempo, irrecuperável, em
algo que não está sob nosso controle e que não podemos modificar. As emoções
importam, e muito, mas até certo limite. Aceitar não é resignação, mas perdemos
energia se resistimos e lutamos contra uma situação que não podemos mudar.
Ter desejos,
objetivos, projetos apaixonantes e sonhos é essencial e muito importante para
ser feliz e encontrar sentido na existência. Nós não devemos nos conformar se
não gostamos de algo, devemos tentar mudar. Se quisermos ter algo muito
precioso, temos que ir atrás disso e podemos, sim, conseguir alcançar nosso
objetivo.
Se quisermos
algo, precisamos correr atrás disso e seguir na tentativa, mas o que é
realmente importante é entender que, por mais que lutemos por algo, pode
acontecer de, no fim, não dar certo por fatores que não estão sob meu controle,
e aqui entra o conceito de aceitação.
A existência
não é perfeita, não foi e nunca será. Isso é o que precisamos aceitar. Aceitar
significa compreender que as coisas, às vezes, estão ao nosso favor e outras
vezes, não. Isso é algo normal, faz parte da existência.
Para
apreciar mais às vitórias, é necessário ter alguns fracassos. Portanto, é muito
importante dizer para si mesmo: tentarei fazer com que as coisas deem certo e
colocarei todas as minhas forças nisso, mas se não der certo, que pena, há
coisas que não dependem de mim e não ficarei nervoso além do necessário. Outras
portas se abrirão. Aceitar isso economizará muitos sofrimentos desnecessários.
Aprendendo a
aceitar. O mundo nem sempre é como queremos: por mais que fiquemos triste ou
ansioso, as coisas nem sempre saem como desejamos. Se aceitamos nosso estado
emocional será mais calmo e sossegado e permitirá ver a situação desde uma
perspectiva de busca de soluções. Não deixaremos que a emoção o domine e embace
a nossa visão.
Os outros não
agem conforme as nossas expectativas: cada um é um ser humano individual com
mentalidade própria, que pode fazer o que vier à cabeça. Abandonar as
expectativas sobre os demais, não esperar nada, simplesmente deixe que as
pessoas nos surpreendam com seus atos e aproveitemos o que elas podem nos proporcionar.
As pessoas a
tem a existência que querem através do desenvolvimento de suas habilidades e
competências pessoais e profissionais.
Entre todos os
desafios da nossa jornada, o maior deles tem a ver com a postura que adotamos
diante das circunstâncias da nossa existência. A nossa postura está relacionada com a forma como vemos e
interpretamos o mundo a nossa volta e essa interpretação gera emoções, que
geram ações e por consequência os seus respectivos resultados.
Existem duas
posturas antagônicas o conformismo e a aceitação. Estas posturas não são a
mesma coisa. A diferença entre conformismo e aceitação: Quando sentimos alívio
diante de uma situação "aparentemente" irremediável, essa sensação
pode estar relacionada a uma postura conformista. Que vai gerar ações e
resultados correspondentes como: vitimismo, apatia, sequência de fracassos,
fuga da responsabilidade. Aceitação: Eu vou fazer o que tiver que ser feito
para as coisas saírem como eu quero. A
melhor opção, com certeza aceitação.
O ponto mais
significativo é promover tomada de consciência, que é o passo mais importante
para qualquer processo de desenvolvimento.
Todos buscam uma existência melhor de várias formas, quando aprendemos
agir com aceitação a chances de conseguirmos aumenta muito.
Para quebrar
os padrões de conformismo precisamos inserir
os padrões de aceitação. Aceitar as coisas, não significa apatia, ao contrário.
Ter aceitação é poupar tempo e energia emocional lidando com as situações da existência
com mais leveza e eficiência.
Focar nos fatos.
Não se iludir pelas emoções e filtros mentais. Para aceitar é preciso ver com
clareza. Sempre que estiver diante de uma situação que parece difícil pensar: O
que está de fato acontecendo? O que pode comprovar a nossa percepção? Separar o
real do imaginário. Praticar o desapego. Só temos poder sobre aquilo que temos
responsabilidade. A nossa única responsabilidade diante de alguns fatos, é
descobrir como lidar, desviar ou superá-los. Protagonizar. Se não funciona de
um jeito, buscar outra solução. O importante é não se conformar. Reformular o
problema, resinificar a questão. Pensar nas variáveis. Confiar no tempo,
contendo a ansiedade e o imediatismo. Ser realista. Pensar na sensação de
liberdade e leveza que se terá, em como resolveremos as coisas mais
rapidamente, com menos sofrimento. Tudo isso representa mais oportunidades de
ser feliz.
Quando algo
não está sob nosso controle, a aceitação é o primeiro passo para que a consigamos perceber que, a partir de agora,
algo mudou e que precisamos se
reinventar.
Entender que
mudanças fazem parte da existência e que todos vão passar por isso pode ser uma
maneira de aliviar as dores que as transformações trazem. Todos passam por
situações difíceis na existência, não tem como escapar. As dores e as
dificuldades fazem parte da existência e precisamos ter uma capacidade interna
para poder superá-las.
Nem tudo é
como queremos. Frustrações acontecem. Nem sempre as situações ocorrem como
foram desejadas. Não temos o controle de tudo. Depois de pensar em soluções, colocá-las
em prática! Investir em autoestima. Procurar
o lado bom de cada situação. Compartilhar com alguém de confiança sobre os
incômodos emocionais. Todos queremos ter paz. Mas a paz não depende de
condições externas. A paz pode ser encontrada dentro de nós em qualquer lugar e
a qualquer momento. Está sempre lá, esperando pacientemente que voltemos nossa
atenção para ela. Esta aceitação das coisas como elas são cria a base para a
harmonia interior.
Senhor
conceda-me a serenidade
para aceitar
aquilo que não posso mudar,
a coragem
para mudar o que me for possível
e a
sabedoria para saber discernir entre as duas.
Vivendo um
dia de cada vez,
Apreciando
um momento de cada vez,
Recebendo as
dificuldades como um caminho para a paz,
Aceitando
este mundo cheio de pecados como ele é,
Assim como
fez Jesus, e não como gostaria que ele fosse;
Confiando
que o Senhor fará tudo dar certo
se eu me
entregar à Sua vontade;
Pois assim
poderei ser razoavelmente feliz
nesta vida e
supremamente feliz na outra.
Amém!
Às vezes, não é
possível mudar as circunstâncias – ou simplesmente não é possível, no momento.
Mude a nossa percepção, crença ou opinião sobre as nossas circunstâncias. Ao
fazer isso, irá ajudar-nos a mudar nossa atitude e, finalmente, permitirá que cresçamos
para além das lutas que não podemos controlar.
A forma como
as pessoas reagem a eventos é determinada principalmente por sua visão dos
acontecimentos e não os próprios acontecimentos.
Como mudar a nossa
percepção das coisas – e melhorar a nossa atitude: Com a mente calma, respirando
fundo e libertando-a de toda a conversa que está acontecendo dentro e ao redor.
Dar-se uma pausa. Mudar o nosso foco. Entregar as preocupações e se aceitar.
Praticar a gratidão pelo que se tem. Ver
as lutas como dores de crescimento. Procurar o inicio em cada fim, aceitando
fim de cada era. Fechar a porta, virar a página e seguir em frente. Conectar o
corpo com a mente.
“A questão
básica é como reagimos diante das circunstâncias cotidianas. Que podem nos
condicionar mentalmente. (EM).”