FATORES HEREDITÁRIOS
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Fatores hereditários que influenciam à existência de cada indivíduo.
O controle
genético não exclui os efeitos da experiência, podendo exercer papel regulador
ou de potenciação ao produzir sensibilidade diferencial aos estímulos,
tendências motivacionais específicas, períodos sensíveis e pré-organização de
processos de aprendizagem. Os estudos têm mostrado a influência dos genes sobre
interesses, traços de personalidade, atitudes e psicopatologias. A importância da interação entre fatores hereditários e
ambientais na determinação do desenvolvimento do indivíduo tem sido reconhecida
pela Psicologia.
Existe complexidade no Controle Genético, que não exclui efeitos de
experiência. Um recém-nascido prefere nitidamente certos estímulos, presta
atenção diferencial a faces e a vozes, exibindo, entre outras, preferência
típica pelos estímulos provenientes de um adulto afetuoso, como a fala
maternal, o olhar dirigido, sendo estes estímulos os mais eficientes para a
evocação de sorriso nas primeiras semanas de existência. Desde o nascimento, os
bebês reagem seletivamente às estimulações sociais, comunicando-se e
interagindo. Apresentam forte tendência ao reconhecimento individual e à
formação de vínculos afetivos.
Inseparabilidade
entre Gene e Ambiente. O gene contem uma informação química que será traduzida
fenotipicamente dentro do ambiente em que esta tradução ocorrer. Gene e
ambiente são componentes inseparáveis e complementares de um sistema sobre o
qual se exercem as pressões seletivas.
Inseparabilidade
entre Evolução Natural e Evolução Cultural. O modo de vida cultural criou um
contexto específico de seleção, dentro do qual se exerceu sistemática pressão
seletiva, favorecendo o comportamento cultural. Os efeitos desta pressão podem
ser constatados no crescimento do cérebro e da inteligência:
O Estudo dos
Efeitos da Hereditariedade sobre o Comportamento. Existem inúmeras maneiras de
proceder a esta investigação. Cada uma delas se presta a um tipo de elucidação.
A atividade genética não produz por si própria um produto comportamental ou
neural acabado. Os hormônios desencadeiam expressões genéticas e são, por sua
vez, produzidos em resposta a experiências do organismo no mundo externo. A
ação de alguns genes depende de estimulações sensoriais em fases iniciais do
desenvolvimento. Diferentes proteínas são formadas dependendo dos fatores
específicos que estiverem influenciando a expressão genética.
O ser humano
é um organismo criativo dinâmico, para quem a oportunidade de aprender e a
experiência em novos ambientes, amplifica os efeitos do genótipo no fenótipo. O
entendimento de traços psicológicos humanos como produto e instrumento da
seleção natural tem implicações conceituais e metodológicas e torna necessária
uma investigação que leve em conta mais do que as variáveis envolvidas na
história específica de desenvolvimento individual.
O ambiente
natural e o ambiente de desenvolvimento. A consideração do ambiente
evolucionário natural em que o comportamento foi selecionado assume papel
importante, na medida em que esse abriga as condições que foram essenciais para
a evolução e que são essenciais para o desenvolvimento do traço. O ambiente
natural abrange mais do que o ambiente físico; no caso humano, é formado de
modo essencial pelo grupo social, constituindo-se num ambiente ao mesmo tempo
social, afetivo e cultural. Em decorrência da perspectiva evolucionária,
possíveis contrastes do ambiente natural com o ambiente atual de
desenvolvimento do indivíduo devem ser considerados cuidadosamente. Esta
concepção torna mais complexo o conceito de adequação do ambiente.
Ambiente natural
se presta ao exercício da perspectiva interacionista entre fatores hereditários
e ambientais. Ao se constituir por uma rede de relações sociais associadas a um
modo de vida e de exploração de recursos, o ambiente natural humano é também
interacional.
O apego é
uma necessidade primária, não requerendo para o seu estabelecimento, da
satisfação de outras necessidades básicas. Um apego seguro depende de um grau ótimo de
estimulação interativa, de um parceiro previsível, contingente e ajustado.
As diferenças
nos comportamentos sociais das crianças têm sido entendidas como decorrentes de
diferenças nos cuidados dos pais. O tipo de tratamento recebido dos pais seja o
fator mais relevante na determinação do desenvolvimento.
A indicação
de efeito genético sobre o comportamento pode ser obtida de diferentes maneiras.
Nem sempre é fácil visualizar genericamente o efeito dessa perspectiva.
A hereditariedade é a transmissão de características de pais para
filhos. Essas informações genéticas e fenotípicas transmitidas são chamadas de
hereditárias. Nos seres humanos, a transmissão de características hereditárias
é conseguida graças à fusão dos gametas. O gameta masculino, o espermatozoide,
e o gameta feminino, o ovócito secundário, contêm 23 cromossomos cada. Quando
ocorre a fusão, os 23 cromossomos do pai juntam-se aos 23 cromossomos da mãe e
passam a compor o conjunto cromossômico daquela nova célula.
Gregor
Mendel é considerado o pai da Genética por causa dos resultados de seus estudos
envolvendo ervilhas. Sua teoria foi proposta antes mesmo de a estrutura e o
funcionamento dos cromossomos serem conhecidas, entretanto, Mendel compreendeu
de maneira acertada os princípios básicos da hereditariedade. Mendel propôs
duas leis:
Lei da segregação
ou a primeira lei de Mendel: Mendel admitiu que existem fatores para cada
característica e que eles segregam-se na formação dos gametas, nos quais
ocorrem em dose simples. Os fatores que Mendel descreve em seus resultados
seriam, na realidade, os genes, dos quais se têm conhecimento atualmente.
Lei da
segregação independente ou segunda lei de Mendel: Mendel admitiu ainda que os
fatores para duas ou mais características distribuem-se de forma independente
para os gametas e combinam-se ao acaso.
As duas leis
de Mendel explicam, utilizando regras simples de probabilidade, as variações
existentes na transmissão de algumas características. Além disso, elas serviram
como base para a ampliação do conhecimento genético e propuseram a ideia de
herança particulada, a qual demonstra que os pais passam adiante unidades
herdáveis separadas (atualmente chamadas de genes). Assim sendo, as leis de
Mendel foram o ponto de partida para a Genética moderna e a compreensão correta
da hereditariedade.
A fecundação
garante a transmissão de características aos descendentes.
Existe uma predisposição
genética para a violência. O comportamento violento pode ser prevenido. Do
ponto de vista da neurociência, quando o cérebro está maduro e a pessoa pode
ser julgada como um adulto. O livre-arbítrio é reduzido em algumas pessoas. Problemas
em áreas cerebrais específicas podem levar a comportamentos violentos.
“Muitas são
as variáveis e condicionantes. Mas, precisamos cada vez mais aprender o que é
adequado para cada circunstância; tendo em vista uma longevidade justa e sadia,
(EM)>”
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