FILOSOFIA OCIDENTAL
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Filosofia
ocidental é o pensamento filosófico e obra do mundo ocidental. Começa com a
filosofia na Grécia Antiga e abrange boa parte do mundo. A palavra filosofia
teve origem na Grécia Antiga: philosophia
(φιλοσοφία) significa "o
amor à sabedoria" (φιλεῖν — philein
"amar" e σοφία - sophia, "sabedoria").
História da filosofia ocidental é convencionalmente
dividida em três eras gerais: Filosofia antiga, Filosofia medieval e Filosofia
moderna. A era Antiga atravessa a queda de Roma e inclui os notáveis filósofos
gregos, como Platão e o Aristóteles. O período Medieval até o ano 1400, ligado
fortemente ao Renascimento e todos seus ideais e correntes de pensamentos novos
sobre o homem e sua existência. O "Moderno" incluindo todo o final do
século XVI e os princípios do século XX. Filosofia contemporânea tem como
fundamento os desenvolvimentos filosóficos do século XX.
Filosofia
antiga em Jônia onde provavelmente se iniciaram os estudos da filosofia
Ocidental. O começo da filosofia Ocidental originou-se nas cidades gregas, com
Tales de Mileto, que estava ativo no século VI a.C. Os mais notáveis estudantes
de Tales foram Anaximandro e Anaxímenes de Mileto. Outros pensadores apareceram
ao longo da Grécia. Os mais importantes: Heráclito de Éfeso, Anaxágoras,
Empédocles, Demócrito, Parmênides.
Em Atenas, século IV a.C. a filosofia foi encorajada. Isso se deve ao
fato de Atenas ter tido uma democracia direta. Muitos sofistas mantiveram
escolas de debate, foram respeitados membros da sociedade e eram bem
remunerados pelos seus alunos. Os oradores tiveram enorme influência na
história de Atenas. Os estudantes do sofismo queriam adquirir habilidades de um
orador para influenciarem assembleias atenienses, e assim crescer
financeiramente e passar a ser respeitado pelas regiões. Considera-se que
debates premiados conduziam à riqueza, o que levara os assuntos e os métodos
filosóficos a se desenvolverem rápida e grandiosamente.
A filosofia
surge a partir da necessidade humana em querer explicar os fenômenos da
natureza que ocorriam ao seu redor. Tudo começando com uma pergunta: Como
surgiu o mundo? De onde vem a vida? Em outro momento da humanidade conduzimos
as perguntas para uma questão mais pessoal, voltada para o próprio homem.
O que
podemos fazer? Como organizar a sociedade? E em outros momentos buscamos
relacionar nossa existência com a possibilidade da intervenção de forças
sagradas? O que é Deus? Existe um Deus os vários deuses? O que é a morte?
Existe vida após a morte? O fato é que estas perguntas ainda hoje provocam
certo mal estar em muitas pessoas. Cabe assim ao filósofo buscar por respostas.
Mas a filosofia não se contenta com simples respostas. Assim, o filósofo
precisa ter atitude. E qual é a atitude digna de um filósofo? Resposta simples:
curiosidade.
Nos primórdios
da humanidade, as primeiras formas de se explicar o mundo se deram pelos mitos.
Estes mitos, antropomorfizados, ou seja, semelhantes aos homens, tinham por
função dar sentido a vida cotidiana dos povos gregos antigos. Além disso,
ditavam as regras da sociedade, o certo e o errado. As explicações de mundo e
da moral social eram impostas por crenças fantasiosas de um mundo mágico e encantado
paralelo aos dos mortais. Os responsáveis por popularizar os mitos foram os
Poetas Rapsodos Homero e Hesíodo. Sua autoridade sob os demais se dá porque na
Grécia Antiga acreditava-se que os poetas eram escolhidos pelos Deuses para
revelar aos mortais o segredo do mundo. Por este motivo o mito era considerado
sagrado.
Os gregos
que contam com uma posição geográfica privilegiada sempre tiveram vocação para
o comercio. As embarcações vindo dos mais diversos pontos do mundo antigo
atracavam nas cidades gregas para abastecerem-se de provimentos, fazer
comércio, exportar e importar mercadorias. Este ambiente comercial
proporcionava a circulação de muitas pessoas diferentes, de diversas culturas
com pensamentos diferentes. Com o aumento da população torna-se necessário a
organização das pessoas em cidades. É neste ambiente diverso que surge a
filosofia. Houve uma sequência de situações que levaram ao seu aparecimento na
Grécia Antiga. Podem ser consideradas condições para o surgimento da Filosofia
na Grécia Antiga: as navegações marítimas; a invenção do calendário; a invenção
da moeda; o surgimento da vida urbana; a invenção da escrita alfabética; a
invenção da política. Com o surgimento da filosofia, os mitos não desapareceram
estando presente muitas vezes nas explicações dos filósofos gregos antigos.
Alguns
Filósofos pré-socráticos: Tales, Anaxímenes, Anaximandro, Heráclito, Pitágoras,
Xenófanes, Empédocles, Zenão, Parmênides, Górgias, Demócrito, Lucrécio e
Leucipo. Os primeiros filósofos ficaram conhecidos por suas investigações sobre
o surgimento do universo buscando na natureza uma explicação para a origem do
mundo. Todos eles buscavam a Arché (elemento primordial). Estes filósofos foram responsáveis por
contribuírem para o surgimento da filosofia como a conhecemos hoje além de
iniciarem a ciência que veio a se desenvolver a partir da observação empírica
(experiência).
A filosofia
tem um caráter puramente teórico, ou seja, contemplativo: ela visa simplesmente
à busca da verdade por si mesma. Na Ciência são conhecimentos adquiridos
através de experiências partindo de uma relação causal; utiliza modelos
abstratos (racional) para explicar uma realidade; preza pela especialidade;
produz conceitos (universal).
A terminologia de Filosofia deriva de Pitágoras
de Samos (570 a.C – 496 a.C), o primeiro a se autodenominar “amigo da
sabedoria”. A principal característica
do pensamento pitagórico é “a preocupação com a natureza matemática do
universo”, isto é, a cosmologia fundada na coexistência de um dualismo
essencial. De acordo com Pitágoras, “a origem e a essência do todo são os
números, não se distinguindo forma, lei e substância”, mas sim considerando uma
realidade própria e destacada. Com efeito, são elementos constitutivos da
natureza e a maneira pela qual explicamos a existência de todas as coisas, a
saber: terra, ar, água e fogo, que se averiguam pelo ser numérico. Diferente do
pensamento contemporâneo da matemática, Pitágoras aprecia “os números como
referenciais de demonstração da realidade”, os quais permitem ao homem
investigar verdade/exatidão e física/dualismo natural, modo pelo qual o
dualismo não é apenas constitutivo, mas também explicativo.
Para a Escola de Mileto, “a explicação da realidade
somente é possível a partir do movimento, o qual é a razão estrutural do todo”.
Heráclito afirmara que “tudo muda e nada permanece como está”, explicando que
“aquilo que parece repousar, na verdade encontra-se em constante mudança”. O
pensador identifica a forma do ser a partir do “devir”, ideia de que todas as
coisas estão sujeitos simultaneamente à existência e transformação, onde “somente
o movimento é real, pois a essência das coisas iguais a si mesmas é ilusória”.
A consequência que provemos é a guerra (ou conflito), ou seja, a “constante
oposição entre contrários que resulta em movimento por tensão contínua”.
Quando
falamos de estudar filosofia, falamos de uma filosofia cujas origens remontam
aos tempos imemoriais do Ocidente: falamos de uma filosofia ocidental ligada,
em certa medida, aos tempos nos quais não havia ainda a escrita de uso popular,
de modo que permitisse o pleno registro da memória das culturas outrora
existentes. Quando estudamos as origens da filosofia ocidental, não lidamos com
registros escrito-históricos completos, mas com fragmentos.
Sendo assim,
no decurso dos tempos após um longo processo de mudanças, isto é a invenção da
escrita, o surgimento da moeda, da lei escrita, da pólis (cidade, em grego) e
do cidadão político, pode-se falar de consciência filosófico-racional, ou
simplesmente, filosofia. É certo que antes da filosofia predominava-se, nas
sociedades tribais, a influência dos relatos míticos, mas também é verdade que
com o advento da pólis grega se dá um misto de transformações culturais no
universo humano. O nascimento da pólis, por volta do sécs. VIII e VII a. C., é
“um acontecimento decisivo […], uma verdadeira invenção”; pela cidade grega, “a
vida social e as relações entre os homens tomam uma forma nova”3. A
originalidade da pólis é que ela estava centrada na agorá (praça pública, em
grego), espaço onde se debatiam os assuntos de interesse comum. Neste tempo,
surge os Sete Sábios (Drácon, Sólon, Clístenes), homens dedicados à política, a legislação e a
organização das pólis (cidades).
A pólis se
fez pela autonomia da palavra (logos, em grego), não mais palavra mágica dos
mitos, palavra dada pelos deuses e, portanto, comum a todos, mas palavra humana
do conflito, da discussão da argumentação. A palavra torna-se o “instrumento
político por excelência” . Expressar-se por meio do debate fez nascer a
política, ciência que permite ao indivíduo tecer seu destino em praça pública.
O hábito da discussão pública, na agorá, estimulava o pensamento racional,
argumentativo, mais distanciado das tradições míticas. Instaura-se assim uma
nova ordem no universo espiritual, uma nova consciência, isto é, um novo modo
de conhecer o mundo, as coisas que nele há e o homem. Nasce então a filosofia
marcada pelo uso discursivo da palavra. Palavra humana, palavra argumentada,
não-divina, não-mágica. Palavra que busca, que deseja, palavra que ama a
sabedoria. Consciência filosófico-racional que ver o mundo não mais como
resultado da ação sobrenatural dos deuses, mas como um todo-complexo dotado de
certa harmonia, de certa ordem, passível de ser explicada e questionada
racionalmente.
Os primeiros filósofos gregos: os Pré-socráticos: Tales de Mileto
(640-585 a. C.) –Pitágoras de Samos (séc. VI a. C.) – Anaximandro (610-547 a.
C.) – Anaxímenes (588-524 a. C.) – Xenófanes de Colofão (570-528 a. C.)
–Parmênides de Eleia (c. 544- 450 a. C.) e Heráclito de Éfeso (sécs. VI-V a.
C.)-Anaxágoras de Clazômenas (499-428 a. C.) – Empédocles de Agrigento (483-430
a. C.) – Leucipo (séc. V a. C.) e Demócrito (c.460 –c.370 a. C.).
“Sempre tem
uma maneira diferente de fazer a mesma coisa. Só que precisa usar de
criatividade e imaginação inovadora. (EM).”
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