GRÉCIA
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ernidiomigliorini@gmail.com
Grécia, grego e Grécia, do latim graecus e Graécia, localizada
em região acidentada da Península Balcânica. Os primeiros povos a ocupar a
Grécia foram os Pelasgos em 2000 a.C., depois povos de descendência indo-européia.
Aqueus (deram origem aos primeiros centros urbanos gregos: Argos, Tirinto e
Micenas), eólios e jônios formaram cidades autônomas, com economia agrícola e comércio
marítimo. A civilização grega legou práticas políticas, conceitos estéticos e
preceitos. Cuja história remonta de 2000 anos a.C. Os gregos são chamados de
Helenos porque na Antiguidade, a Grécia era Hélade. Os primórdios da
civilização grega estão relacionados ao processo de ocupação dos povos arianos
que chegaram à Hélade. São muitas as diferenças entre a Grécia moderna e a
Grécia Antiga. O mundo grego antigo estendia-se por uma área muito maior do que
o território grego atual. Atualmente a Grécia constitui um Estado, cujo nome
oficial é "República Helênica". A Grécia Antiga nunca foi um Estado
unificado com governo único. Era um conjunto de cidades-Estado independentes
entre si, com características próprias embora a maioria delas tivesse seus
sistemas econômicos parecidos.
No Período Pré-Homérico (XX – XII a.C.), A formação
dos primeiros grandes centros urbanos ascensão da civilização creto-micênica
comércio marítimo, invasões dóricas volta às pequenas comunidades agrícolas.
No Período
Homérico (XI – VIII a.C.), Comunidades
gentílicas, importantes núcleos sociais e econômicos, genos, uma família
desenvolvia atividades agrícolas de maneira coletiva e dividiam igualmente as
riquezas oriundas de sua força de trabalho. O pater, patriarca que determinava
a organização das ações administrativas, judiciárias e religiosas. Os parentes próximos
do pater a classe dos Eupátridas, os Georgoi (“agricultores”), a classe de
pequenos proprietários de terras, os Thetas (“marginais”), não tinham
propriedade agrícola. Genos se mobilizam em defesa de seus territórios através
das fratrias. A formação das primeiras Cidades-Estado, as pólis gregas, em
torno da acrópole no ponto mais alto da cidade, congregava os palácios e
templos. O poeta Homero (A autor de “Ilíada” e “Odisséia”), forneceu grandes
informações sobre esse período da história grega, o tempo em que as comunidades
gentílicas organizaram os povos helênicos. No século XII a. C., os dórios
empreenderam uma violenta invasão que destruiu vários centros urbanos da Hélade.
Entre os
séculos VIII e VI a.C., Fase Arcaica da Grécia Antiga, elite de proprietários
de terra, conglomerados demográficos e políticos e as cidades-Estado da Grécia
Antiga.
No período Clássico, do século V até o IV a.C., a
autonomia política das cidades-Estado, grandes conflitos, Guerras Médicas (490
– 479 a.C.), conflito onde os persas tentaram invadir a Grécia a partir de seu
domínio sobre as colônias da Ásia Menor, união militar das cidades-Estado possibilitou
a vitória dos gregos, cidades da Grécia Antiga lutam entre si. O governo de
Péricles e a Guerra do Peloponeso, entre 431 e 417 a.C., que transformou o
Mundo Grego. Lutas que os gregos promoveram entre si permitiram a dominação dos
estrangeiros sobre a Hélade. Cidades-Estado Esparta, Atenas e Tessália, com
autonomia política para criar sua própria forma de governo; artesanato,
atividades comerciais, escravidão, os filósofos, democracia, as Guerras
Médicas, Atenas, Esparta e Tebas na Guerra do Peloponeso.
DURAÇÃO DO IMPÉRIO GREGO: De 333 a.C. até 63 a.C.
DURAÇÃO DO IMPÉRIO GREGO: De 333 a.C. até 63 a.C.
CONCEITOS GREGOS: Cidadania,
democracia, ética, aristocracia, oligarquia,
monarquia.
DEMOCRACIA: Clístenes É considerado o pai da
democracia grega. A democracia como uma forma de governo em que o poder está
nas mãos de todas as pessoas. A palavra democracia vem do termo grego demos, significa
"povo" e kratos significa "poder".
Se desenvolveu na Grécia antiga por volta de 500 a.C na
cidade-estado de Atenas. O seu órgão principal a Assembléia dos cidadãos,
aberta a todos os cidadãos adultos do sexo masculino. Reunia-se cerca de 40
vezes por ano para dirigir a política externa, rever as leis e aprovar ou
condenar a conduta dos funcionários públicos. Os Membros da Assembléia chegavam
a todas às suas decisões através do debate público e do voto. O Conselho dos
500 era o responsável pelo funcionamento diário do Estado. Seus membros eram
escolhidos anualmente, por sorteio. Propunha leis e decisões da Assembléia,
administrava as finanças do Estado, recebia embaixadores estrangeiros, e
supervisionava a manutenção da frota de navios atenienses. Na democracia
ateniense os seus funcionários públicos não tinham poder individual. Não havia
presidente de Atenas. Em tempos de guerras, generais tomavam decisões sobre
assuntos militares, eram eleitos anualmente e reeleitos. Os funcionários do
governo, generais e os membros do conselho, os cidadãos que serviram em júris eram
pagos por seus serviços.
PERÍODO HELENÍSTICO: Ano 350
a.C., A Macedônia, o rei Felipe II, invadiu a Grécia. O rei Alexandre, o Grande, expandiu os domínios macedônicos
na Ásia Menor, até a Índia. Alexandre foi educado por Aristóteles. E construiu
a cidade de Alexandria, no Egito. Morreu em
323 a.C.; acontece o esfacelamento dos domínios macedônicos em três reinos: A
dinastia ptolomaica dominou o Egito; os antigônidas a Macedônia; e os selêucidas
a Ásia. Após a morte de Alexandre, os seus generais lutaram entre si pela posse
do império. As cidades gregas aproveitam a situação para se livrarem do domínio
macedônio, mas foram subjugadas por Antípatro na Guerra Lamiaca (323-322 a.C.).
Nenhum dos generais de Alexandre conseguiu reunir o império sob o seu poder.
Antígono fundou um reino que compreendia a Macedônia, a Grécia e partes da Ásia
Menor; Seleuco estabeleceu um vasto reino que ia da Babilônia ao Afeganistão e
Ptolemeu torna-se rei do Egito. No século II a.C., os romanos dominaram o Império
Macedônico. No Século IV a.C., a Macedônia domina a Grécia. O Período
Helenístico termina no século II a.C., os romanos conquistam o território
grego. Os antigos gregos autodenominavam-se helenos, e país Hélade, nunca
gregos e nem Grécia, essas palavras são latinas, atribuídas pelos romanos. Tinham
a crença de que descendiam do herói Heleno, filho de Deucalião e Pirra.
A EDUCAÇÃO ESPARTANA: O espartano
era um cidadão desde cedo moldado conforme os valores militaristas de sua
cidade-Estado. A educação desenvolvida em Esparta estava intimamente ligada ao
caráter militarista. O laconismo, o hábito de se expressar com poucas palavras,
era praticado pelos espartanos. Desde a mais tenra idade, a formação do
indivíduo era uma função assumida pelo Estado. Viam cada novo ser como um
soldado em potencial. Ao nascer, a criança era minuciosamente observada por um
grupo de anciãos. Se não apresentasse uma boa saúde ou tivesse problema físico,
era lançada do cume do monte Taigeto. Se fosse saudável, ficava com a sua mãe
até os sete anos de idade. Depois ficava sob a tutela do governo, para a sua
trajetória militar. Entre os sete e os doze anos a criança recebia os
conhecimentos fundamentais para a organização e as tradições de seu povo.
Depois um rigoroso treinamento militar. Os aprendizes realizavam longas marchas
e lutas uns com os outros. Submetido a terríveis punições físicas. Quando
chegavam aos dezessete anos era submetido a um “teste final”: a kriptia, caçando
o maior número de hilotas (escravos pertencentes à polis) possíveis, com
direito a um lote de terras. A tutela exercida pelo Estado era dirigida às
mulheres, somente uma mulher fisicamente preparada tinha condições de gerar
filhos para lutar pela defesa de sua cidade-Estado. A mulher podia adquirir o
direto de propriedade e não estava sujeita à autoridade de seu marido. Aos
trinta anos o soldado espartano tinha a condição de cidadão; participava das
decisões e leis na Ápela, assembléia de Esparta. Aos sessenta anos, saia do
exército e integrava a Gerúsia, o conselho de anciãos criador das leis
espartanas. A mulher deveria ser fisicamente preparada para dar origem a
indivíduos aptos para compor o exército e se dedicavam à disputa de jogos e
atividades esportivas. Controlavam as finanças domésticas e participavam da
vida política espartana.
HISTÓRIA: Tucídides e Heródoto foram destaques na historiografia da
Grécia Antiga.
CIÊNCIAS: A Grécia
é o berço da civilização ocidental. Lá que surgiram História, Filosofia,
Matemática, Astronomia, Música e Teatro.
AS CIDADES GREGAS: Esparta
preparava a guerra (conquista da Messênia). Atenas incentivava o intelecto, o
Teatro a Arquitetura (Parthenon, templo em homenagem à deusa Atena),a Filosofia
(os pensadores Sócrates, Platão e Aristóteles), O controle do mar Egeu. Tebas,
Creta e Troia se destacavam nas relações comerciais.
Desde o
século VIII a.C., formaram-se pela Grécia Antiga cidades independentes. Cada
uma delas desenvolveu seu próprio sistema de governo, suas leis, seu
calendário, sua moeda. Eram chamadas de pólis, palavra traduzida por
cidade-Estado. Compreendia uma área urbana e outra rural. Atenas tinha 2.500
km², Siracusa tinha 5.500 km² e Esparta tinha 7.500 km². A área urbana se
estabelecia em torno de uma colina fortificada denominada acrópole (akrós, alta
e pólis, cidade). Na área urbana: o centro
comercial e a manufatura. Artesãos e
operários produziam tecidos, roupas, sandálias, armas, ferramentas, artigos em
cerâmica e vidro. Na área rural: as atividades agropastoris: cultivo de
oliveiras, videiras, trigo, cevada e criação de rebanhos de cabras, ovelhas,
porcos e cavalos. Atenas importava 2/3 à 3/4 de seus alimentos e exportava
azeite, chumbo, prata, bronze, cerâmica e vinho. Outras pólis: Messênia, Tebas,
Mégara e Erétria. É estimado que seu número tenha chegado a mais de mil no
século IV a.C. A maioria das pólis gregas eram pequenas. As principais cidades
eram maiores, no século IV a.C., Atenas,
Siracusa e Esparta.
PREDOMÍNIO ATENIENSE: Com o fim da guerra com os persas,
em 490 a.C., Atenas praticou uma rígida hegemonia política sobre as demais
cidades. A Confederação de Delos persistiu continuou a arrecadação dos tributos
para a guerra e Atenas foi reconstruída. Atenas controlava o mar Egeu. Péricles
foi o mentor do Império ateniense através da fortificação do Porto do Pireu. As
cidades que não faziam parte da confederação foram obrigadas a se tornar
cidades-membros. As que se negaram foram severamente punidas, como Naxos e
Tassos. Os tribunais de Atenas tinham o poder de julgar as causas complexas, só
permitia que os membros da Confederação exportassem cereais pelo Porto do
Pireu, e os banqueiros só dessem empréstimos aos comerciantes ligados este
porto. Antiga moeda ateniense do século V a.C., representava a cabeça da deusa
Atena e de uma coruja no verso. A democracia ateniense era parcial existiam os
escravos e os metecos (estrangeiros domiciliados em Atenas, sem direitos). Em
Atenas, a instalação da democracia foi agitada pela aristocracia pela perda de
privilégios. No século VI a.C., o legislador Sólon ampliou os direitos de
participação política instituindo um sistema que dividia os cidadãos em quatro
faixas de natureza econômica e a sua participação na Eclésia, órgão de natureza
deliberativa do governo ateniense. O cenário político ateniense abriu portas
para as tiranias. Tyrannos significa "usurpador com poder supremo". Um
único líder tinha amplos poderes. Governos tirânicos de Pisístrato (561 – 527
a.C.), Hiparco e Hípias (527 – 510 a.C.) e Iságoras (510 – 508 a.C.). Em dado
momento, não suportando a pressão popular, o tirano Iságoras pediu o apoio dos
aristocratas espartanos. Nesse conflito, os espartanos foram expulsos de Atenas
sob a liderança de Clístenes. Liderados por Esparta, várias cidades da Grécia
Antiga fundaram a Liga do Peloponeso. Para combater a hegemonia de Atenas e da
Liga de Delos. Após a vitória na Batalha de Egos Pótamos, os espartanos
empregaram uma política imperialista sobre as demais cidades-Estado da Grécia. Os
conflitos esgotaram o poderio militar dos gregos, se tornando vulneráveis às invasões
promovidas pelo rei Felipe II da Macedônia. Os atenienses foram os criadores da
democracia. Em 621 a.C., Drácon estabeleceu um conjunto de leis escritas para
uma nova tradição jurídica. A Bulé ou Conselho dos Quinhentos era um órgão
legislativo. O Helieu composto por juízes para julgar os cidadãos atenienses de
acordo com as leis escritas. Os homens livres, de pai e mãe ateniense, maiores
de 18 anos e nascidos na cidade eram considerados cidadãos. As mulheres,
escravos e estrangeiros não tinham participação política. A atuação das mulheres
era reduzida. Educadas para ser dóceis e reservadas ao mundo doméstico,
subjugadas pelo pai até ele escolher qual com qual homem poderiam se casar.
Após o matrimônio, subservientes ao marido. Não participavam das questões
políticas, tidas como inaptas. Em Atenas, Os meninos, aos sete anos começavam
as suas aprendizagens na escola e nas suas próprias casas. O Pedagogo, um
escravo especial era escolhido para orientá-los.
TERRITÓRIO GREGO: Situada na
porção sul da península Balcânica, o território da Grécia continental
caracteriza-se pelo seu relevo montanhoso; 80% da Grécia é formada por
montanhas. A cordilheira dominante é a dos montes Pindo, que separa a costa
oriental, banhada pelo mar Egeu, da costa ocidental, banhada pelos mares Jônico
e Adriático. A Grécia Setentrional dividia-se em Tessália, Acarnânia e Épiro; a
Grécia Central em Fócida, Etólia, Beócia (região de Tebas) e Ática (logradouro
de Atenas); o Peloponeso (Grécia peninsular) em Acaia (região de Olímpia),
Arcádia (logradouro de Argos, Tirinto e Micenas), Messênia (terra de Pilos) e
Lacônia (região de Esparta). Entre a Grécia peninsular e continental há o istmo
de Corinto (terra de Corinto e Mégara), estreita faixa litorânea, e o golfo de
Corinto. No mar Egeu ilhas que formam diversos arquipélagos: Espórades,
Cíclades, Dodecaneso ("doze ilhas"), Jônicas e a ilha de Creta; todo
o litoral egeu da Anatólia e o sul da Itália (Magna Grécia).
GENOS: Propriedades
onde uma grande família se matinha unida na exploração econômica de uma mesma
parcela de terras. A riqueza produzida era dividida entre seus integrantes. A
economia dos genos era agropastoril. As tarefas diárias eram desempenhadas por
todos. Quando um genos produzia excedente, essa riqueza era empregada na
aquisição de escravos e na contratação de artesãos. Os genos eram comandados
por um líder comunitário o pater, com função judicial, administrativa e
religiosa. Houve beneficiamento de parentes e outros privilégios, gerando
tensão e desintegração da comunidade. Surgiram as fratrias originadoras do
demos, daí surgiram as cidades-Estado.
OSTRACISMO: O ostracismo promovia o banimento daqueles que ameaçavam a
ordem democrática ateniense. O mecanismo político que visava preservar o regime
democrático ateniense. Clístenes o novo legislador empreendeu a criação do
ostracismo (ostrakón), um dispositivo legal contra qualquer indivíduo que fosse
acusado de ameaçar a estabilidade do regime democrático. Condenava o acusado à
perda de seus direitos políticos e ao exílio durante dez anos, sem a perda de
suas propriedades. Os atenienses realizavam a convocação de uma grande
assembléia formada por mais de seis mil membros. Os seus participantes
utilizavam fragmentos de cerâmica em forma de ostra (ostrakón) onde escreviam
secretamente o nome dos acusados. Aquele que tivesse seu nome citado mais de
seis mil vezes, era condenado ao ostracismo. As suas propriedades eram preservadas
pelo Estado, a sua família não sofria qualquer retaliação. Após dez anos, o
indivíduo tinha todos os seus direitos políticos recuperados.
GUERRA DE TROIA: Evento bélico narrado na obra clássica “Ilíada”. Tem
início com o casamento de Peleus e Tethis, deusa dos mares. A deusa da
discórdia, Eris, não sendo convidada para o evento, resolveu lançar um desafio,
ofereceu uma maçã de ouro àquele deus que demonstrasse maior senso de justiça. As
deusas Hera, Afrodite e Atena tentaram e Zeus convocou o príncipe troiano
Paris, para julgar quem mereceria o prêmio. As três deusas ofereceram uma
oferta à Paris. Atena lhe prometeu saúde; Hera lhe jurou poder, e Afrodite, a
escolhida, lhe prometeu o amor de Helena, mulher do rei espartano Menelau.
Paris foi em busca da sua prometida rumo à Esparta, chegando Menelau tratou
Paris com todo o prestigio referente à sua posição. O rei Menelau teve que
ausentar aproveitando, Paris capturou a rainha Helena e roubou parte das
riquezas de Menelau. Chegando à Troia, Paris organizou os preparativos para o
seu casamento com Helena. Enfurecido, Menelau mobilizou os antigos pretendentes
de Helena, para juntos recuperarem a sua honra, incluindo Agamenon, seu irmão e
rei de Micenas e heróis gregos como Ulisses. Atravessaram o Mar Egeu e foram
combater com os troianos protegidos por muralhas intransponíveis, e resistiam
incólume às tentativas de invasão dos gregos. Para dar um fim ao combate, o
astuto Odisseu ordenou a construção de um enorme cavalo feito de madeira. Em
seu interior, centenas de soldados ficariam à espreita. O cavalo foi posto nas
portas da cidade de Troia. Os troianos receberam o “presente de grego” e viram a
partida dos navios, deram a guerra como ganha. Vendo o cavalo como presente dos
deuses, os troianos levaram o cavalo para dentro da cidade e realizaram uma
grande festividade. Quando todos os troianos estavam bêbados e sonolentos, o
grego Sinon guerreiro deixado para fora do cavalo, libertou os guerreiros
escondidos, que conquistaram a cidade de Troia. Menelau havia prometido matar Helena
por ter se casado com Paris, não resistiu aos encantos de sua bela esposa e
voltou atrás em sua decisão.
GUERRA: ATENAS VERSUS
ESPARTA:
Em 431 a.C., inicia a guerra. As causas: Antes do
conflito Atenas prestara ajuda a Córcira, ilha do mar Jónio, fundada por
Corinto, aliada de Esparta. Atenas decretara sanções econômicas contra Mégara.
Atenas realizou um bloqueio naval à cidade de Potideia, no norte da Grécia, sua
antiga aliada que se revoltara e pedira ajuda a Corinto. Esparta lança um
ultimato a Atenas que o rejeita e a guerra começa. A guerra continuou até 422
a.C. ano em que Atenas é derrotada em Anfípolis. Na batalha morrem o general espartano
Brásidas e o ateniense Cléon, ficando o ateniense Nícias em condições de
estabelecer a paz em 421 a.C. Entre 421 e 414 as duas pólis continuam a
combater, Na Primavera de 404 a.C., Atenas rende-se.
MITOLOGIA GREGA: Os gregos eram politeístas.
Não se preocupavam com a vida após a morte. Os seus sacrifícios tinham uma
conotação humana. Os seus deuses eram antropomórficos, assumiam a forma humana
e agiam à semelhança dos homens, lutavam entre si, sentiam ódio, amor, se
casavam e tinham filhos. Vários deuses se uniram aos seres humanos mortais.
Dessas uniões surgiram os heróis, considerados semideuses. Os heróis Hércules,
Teseu, Perseu, Édipo eram considerados divinos. As cerimônias públicas, mesmo
de cunho político, eram antecedidas por práticas religiosas. Sobre os seus deuses e heróis, os gregos
contavam mitos, que originaram a mitologia grega. Originou-se de um conjunto de
relatos fantasiosos e imaginativos. Os deuses gregos eram homenageados por meio
de jogos e competições esportivas, os jogos Olímpicos, realizados no monte
Olimpo, residência de Zeus. No universo da mitologia grega, na ilha de Creta
existia um labirinto, que adentrando-o não se conseguia encontrar a saída. O Minotauro,
que ali habitava tinha o corpo humano e a cabeça de touro. O Minotauro se
encontrava dentro do labirinto para receber oferendas que Atenas pagava a Creta
todos os anos. Quando os gregos tinham problemas consultavam os deuses por meio
dos oráculos, que interpretavam para os seres humanos o que os deuses queriam. Os
deuses cultuados pelos gregos: Zeus (O principal, governava os outros deuses e
os homens), Hera (esposa de Zeus), Hades (senhor dos infernos), Ares (deus da
guerra), Ártemis (deusa da caça), Atena (deusa da razão e da inteligência),
Afrodite (deusa do amor e a beleza), Apolo (deus da luz, do sol, da medicina,
do tiro com arco, dos solteiros, das artes e da adivinhação), Dioniso (deus do
vinho e do prazer), Hefaístos (deus do fogo), Deméter (deusa da terra), Hermes
(deus do comércio e das comunicações), Hefesto (deus dos ferreiros) e Posêidon
(deus dos mares).
TEATRO GREGO: Originada
das Dionistíacas, celebrações para Dionísio, deus do vinho. Os gregos promoviam
festivais com encenação de peças teatrais. Encenadas com a utilização de
máscaras. Os autores eram masculinos e também realizavam a interpretação dos
papéis femininos. Compreendia a tragédia e a comédia. Ésquilo (525 – 456 a.C.)
foi autor elogiou às conquistas de Atenas e a homenageou aos deuses
justiceiros. Utilizou diálogos, máscaras e coros e dramaticidade. Criou Oréstia
e Os Sete contra Tebas, Prometeu acorrentado. Sófocles (496 – 406 a.C.), autor de
Édipo Rei(casa-se com a própria mãe), Antígona e Electra, com heróis deuses.
Eurípedes (445 – 386 a.C.) espírito crítico em As Troianas, Medeia, Andrômaca e
Hipólito. Aristófanes (445 – 386 a.C.) foi proeminente nas peças: As nuvens, A
paz e As vespas.
ARTE: Era antropocêntrica. Na Escultura:
Fídias, Míron e Praxíteles. Na Poesia: Homero. Com ”Ilíada” e “Odisséia”. Outros
autores: Hesíodo, Heródoto e Tucídides.
MEDICINA: Hipócrates
foi um médico do período clássico é considerado "pai da medicina",
fundou a escola hipocrática.
MATEMÁTICA: Os matemáticos da Grécia
contribuíram com as regras básicas de geometria, da derivação formal e teoria
dos números, análise matemática, matemática aplicada, cálculo integral. Através
de Pitágoras, Euclides e Arquimedes.
JOGOS OLÍMPICOS: Criados
em 776 a.C. um festival para reverenciar os deuses do Olimpo. De quatro em
quatro anos, os gregos reuniam-se em Olímpia para a etapa final de festivais realizados em Corinto, Delfos e
Argos. Em honra a Zeus incluíam: corridas, saltos, arremesso de disco, lutas
corporais, competições musicais e poéticas. Proibido para mulheres. Em épocas
de guerra, os atletas transportavam mensagens em alta velocidade.
ASTRONOMIA: Modelos
tridimensionais geométricos para explicar o movimento aparente dos planetas
foram desenvolvidos no século 4 a.C. por Eudoxo de Cnido e Calipo de Cícico.
Heráclides do Ponto propôs que a Terra girava em torno do seu próprio eixo. No
século 3 a.C. Aristarco de Samos sugeriu o sistema heliocêntrico. Arquimedes em
seu tratado O Contador de Areia revive a hipótese Aristarco de que as estrelas
fixas e o Sol permanecem impassíveis, e a Terra gira em torno do Sol na
circularmente. Erastóstenes estimou a circunferência da Terra com precisão. No
século 2 a.C. Hiparco de Nicéia propôs o moderno sistema de magnitudes
aparentes. A Máquina de Anticítera, para calcular os movimentos dos planetas,
em 80 a.C. foi o ancestral do computador
astronômico.
FILÓSOFOS GREGOS:
Tales de Mileto (c. 624-546
a.C.).
Anaximandro de Mileto (c.
610-545 a.C.).
Anaxímenes de Mileto
(c.585-528 a.C.).
Pitágoras (c. 580 a.C. - 500
a. C.).
Xenófanes de Colófon (c.
576-480 a.C.).
Parmênides de Elea (c.
540-470 a.C.).
Heráclito de Éfeso (c.
535-475 a.C.).
Anaxágoras de Clazomena (c.
500-428 a.C.).
Empédocles de Agrigento (c.
495-435 a.C.).
Zenão de Elea (c.490-430
a.C.).
Leucipo de Ábdera (c.490-420
a.C.).
Meliso de Samos (c. 485-425
a.C. 5).
Protágoras de Ábdera (c.
480-410 a.C.).
Sócrates (469-399 a.C.). -
Fundador da ética.
Demócrito de Ábdera
(c.460-360 a.C.), atomista.
Antistenes o cínico (n. c.450
a.C.).
Antifon o Sofista (Antifonte
de Atenas) (séc. 5-o a.C.)
Aristipo de Cirene (c.
435-355 a.C.).
Platão (427-347)
Diógenes o cínico (413-323
a.C.).
Aristóteles (384-322 a.C.).
Teofrasto de Eresos (372 -
285 a.C.).
Pirro de Elis (c.360-270
a.C.), cético.
Aristoxeno de Tarento (4-o
século a.C.)
Epicuro de Samos (341-270
a.C.).
Zenão de Citio (c. 336-264
a.C.), estoico.
Arcesilao de Pitane (315-240
a.C.).
Carnéades (c.214-129 a.C.).
Clemente de Alexandria,
patrístico (c. 150-216).
Aristóbulo (200 ou 100 a.C)
Cícero. M. T... (106-43
a.C.), estoico.
Gaio ou Caio (c. 100 - 180),
do Direito Romano.
Caro, Lucrécio (98-55 a. C.)
Espartaco (+71 a.C.), e luta
social.
Epicteto, estoico (50 - 138).
Andrônico de Rodes (sec. 1-o
a.C.).
Arius Didimus (último séc.
a.C.), estoico.
Nigidio Fígulo (+ 45 a.C.).
Filo de Alexandria (c. 20
a.C. - c. 40 d.C.).
Sêneca. Lucius A.., (2-65
d.C.), estoico.
Mussônio Rufo (1-o séc.
d.C.), estoico.
Possidônio de Apaméia( c.
135-51), estoico.
Sexto Empírico (2- séc.).
Numênio de Apaméia (fim do
2-o século).
Badarayana (entre 150-300),
do vedanta brâmane.
Panécio, estoico (c. 180- c.
110).
Origenes (c.185 -c. 255),
cristão.
Constantino (Imperador 306 a
337).
Basílio Magno (c.330-379),
patrístico
Prisciliano (345-385),
gnóstico.
Proclo (Proklos) (410-485).
Anaxarco de Abdera.
Antíoco, estoico.
Eudoro, estoico de
Alexandria.
Hipácia.
DIÁSPORAS E COLONIZAÇÃO GREGA:
Trácia, Queroneso, Odessa e Tânais, ilha de Chipre,
Náucratis, Cirene, Tarento, Crotona, Nápoles, Cumas, Messina e Siracusa, Nice,
Mônaco, Antibes, Marselha, Argos, Arcádia, Tegeia. A partir de 750 a.C. os
gregos começaram um período de expansão territorial que durou 250 anos,
estabelecendo colônias em todas as direções. A leste, na costa do mar Egeu, a
Ásia Menor, Chipre, as costas da Trácia, o mar de Mármara e costa sul do mar
Negro. A colonização grega alcançou áreas distantes, como regiões da Ucrânia e
Rússia (Taganrog). A oeste as costas da Ilíria, Sicília e do sul da Itália, sul
da França, Córsega, nordeste da Espanha, Egito e atual Líbia. Entre os séculos
VIII e VI a.C. fundaram novas cidades,
as colônias, as quais chamavam de apoíkias.
GUERRAS GREGO PÉRSICAS:
As revoltas das cidades gregas foram reprimidas
pelos exércitos da Pérsia. Após Mileto, o poderio militar persa controlou
Trácia e Macedônia. A seguir o rei Dario as cidades-Estado na Península
Balcânica. No ano de 490 a.C., contra Atenas, mas os exércitos atenienses com Milcíades
abateram os persas. Em 480 a.C., o Império Persa conquistou de várias regiões
gregas. Os espartanos, venceram os persas na Batalha das Termópilas. Os
atenienses venceram os persas nas imediações do Canal de Salamina. Após os
gregos passaram a travar novas batalhas na Ásia Menor. Atenas liderou uma
frente militar envolvendo várias cidades-Estado, originando a Liga de Delos, onde
várias cidades gregas cediam armamentos e recursos financeiros para conter
ações militares dos exércitos persas. Empreendendo investidas para recuperar
suas colônias na região da Ásia Menor. Comandados por Címon, os gregos venceram
definitivamente aos persas na região do rio Eurimedonte, em 468 a.C.. No ano de
448 a.C., os persas assinaram o Tratado de Susa, prometendo não mais invadir a Grécia. Entre 500 e 494 a.C.,
cidades jônias resolveram se rebelaram contra os persas com o apoio militar dos atenienses.
Dario I decidiu invadir a Grécia Continental, em 490 a.C., dominando diversas
cidades da Grécia Continental. Atenas e Esparta resistiram com Milcíades, na
planície de Maratona venceram os persas. Após essas vitórias, os atenienses
ampliaram o seu poder naval e o porto do Pireu. O rei persa Xerxes, invadiu à
Grécia no ano de 480 a.C.. com o apoio dos cartagineses. Com estratégia de
guerra, os gregos venceram os persas nas batalhas de Salamina, Platéia e
Micala.
OLIGARQUIA: É uma
forma de governo com o poder de decisão através de poucos líderes. Oligarquia
vem de oligos ("poucos") e arkhein ("regra"). Entre 1100 e 800 a.C., pequenos grupos compartilharam,
entre aristocratas, o poder dominante em várias cidades-estados gregas. Como
monarcas, os oligarcas faziam cumprir sua lei com o apoio militar. Os cidadãos
tinham pouca participação nas e nem votavam. Com
o tempo, as oligarquias desapareceram na Grécia.
MONARQUIA: É uma
forma de governo em que o poder está nas mãos de uma única pessoa. Governadas
por reis, com a ajuda de um conselho de assessores. Monarquia de monos
("um") e arkhein ("regra"). Os Micênicos governaram a
Grécia antiga de 2000 a 1 100 a.C., povos guerreiros que estabeleceram
monarquias. O rei de cada cidade-estado vivia em um palácio-fortaleza luxuoso
na cidade capital. Além da capital havia aldeias periféricas. As pessoas
pagavam impostos ao rei, obedeciam as suas leis, e dependiam dele para a sua
defesa. O Rei mantinha o seu poder político para a vida toda. Seu filho mais
velho, o príncipe, sucedia-lhe no trono. A Monarquia como forma de governo desapareceu na Grécia. Foi substituída por um
sistema em que um pequeno número de indivíduos partilhava o poder e governavam
como um grupo.
MONUMENTOS GREGOS DA
ANTIGUIDADE:
PARTENON: Templo construído por
Péricles entre 480 e 323 a.C. Dedicado à deusa Atenas. 46 Colunas externas,
10,43 m de altura, 1,90 m de diâmetro na base e 1,45 m no nível do capitel. De
30,88 metros de frente por 69,50 metros de fundo. As dimensões: à proporção 9:4.
Deusa Atena: uma estátua coberta de ouro e marfim. Os arquitetos: Ictino e
Calícrates, o escultor: Fídias.
O TEMPLO DE
ÁRTEMIS: Em Éfeso. Erguido por Creso, rei da Lídia (450 a.C. ),
em honra à deusa dos bosques. Media 138 m por 71,5 m, com colunas de 19,5 m.
COLOSSUS DA
ILHA DE RODES: uma enorme estátua representando o deus do sol, Hélio. A
construção foi terminada em 282 a.C. Empregando bronze e Mamoré. Tinha 46 m de
altura e pesava de 70t.
A ESTÁTUA DE ZEUS: O templo de Zeus foi
desenhado pelo arquiteto Libon, construído entre 456 e 447 a.C. Escultor:
Fídias. Tinha 15 metros de altura, feita de marfim e ébano e incrustada de
ouro.
TEMPLO
DEDICADO À HERA EM SELINUNT
SANTUÁRIOS
DE DELFOS, OLÍMPIA E EPIDAURO.
HINO
DA GRÉCIA
Reconheço-te pelo gume
Do teu temível gládio;
Reconheço-te por esse rápido olhar
Com que fitas o horizonte.
Saída das ossadas
Sagradas dos Helenos,
E pujante da tua antiga bravura,
Saúdo-te, saúdo-te, Oh Liberdade.
Reconheço-te pelo gume
Do teu temível gládio;
Reconheço-te por esse rápido olhar
Com que fitas o horizonte.
Saída das ossadas
Sagradas dos Helenos,
E pujante da tua antiga bravura,
Saúdo-te, saúdo-te, Oh Liberdade.
“Estatística
significa considerar uma informação no momento em que ela está estática, tem um
parâmetro de referência, após medir a performance de algo, quantitativamente.
(EM).”
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