LÓGICA
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A lógica é uma área da filosofia que visa estudar a
estrutura formal dos enunciados (proposições) e suas regras. Serve para se
pensar corretamente, é uma ferramenta do correto pensar.
Lógica tem
origem na palavra grega logos, que significa razão, argumentação ou fala. Quando
algo "tem lógica" quer dizer que faz sentido, é uma argumentação
racional.
Foi o
filósofo grego Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) que criou o estudo da lógica,
ele a chamava de analítica. Segundo ele, qualquer conhecimento que pretenda ser
um conhecimento verdadeiro e universal deve respeitar princípios lógicos. A
lógica é compreendida como um instrumento do correto pensar e a definição de
elementos lógicos que fundamentam o conhecimento verdadeiro.
Aristóteles
desenvolveu três princípios básicos que orientam a lógica clássica: 1.
Princípio de identidade. Um ser é sempre idêntico a si mesmo; 2. Princípio da não
contradição. É impossível ser e não ser ao mesmo tempo, ou um mesmo ente ser
também o seu oposto; 3. Princípio do terceiro excluído, ou terceiro excluso. Só
existem duas opções, ou é afirmativa ou negativa.
A Proposição: Em
uma argumentação, aquilo que é dito e possui a forma de sujeito, verbo e
predicado é chamado de proposição. As proposições são enunciados, afirmações ou
negações, e possuem sua validade, ou falsidade, analisada logicamente. A partir
da análise de proposições, o estudo da lógica torna-se uma ferramenta para o
correto pensar. O pensar corretamente necessita de princípios lógicos que
garantam sua validade e verdade.
Tudo o que é
dito em uma argumentação é a conclusão de um processo mental (pensamento) que
avalia e julga algumas relações possíveis existentes.
A lógica é um campo de estudo da Filosofia que se
dedica a entender as relações linguísticas que tornam uma proposição válida ou
inválida no interior de um argumento.
Somente os
humanos conseguem realizar um processo de abstração do mundo físico por meio da
linguagem. A linguagem possibilita a comunicação, o pensamento abstrato, a
nomeação de coisas e objetos, o estudo científico, a criação das artes e toda a
organização social e política do mundo. Porém, para que funcione adequadamente,
a linguagem também necessita de regras.
É a lógica
linguística, campo de estudo inerente à Filosofia, que se debruça sobre a
organização formal linguística, tentando estabelecer o modo necessário para que
a própria linguagem possa funcionar adequadamente em cada caso específico. Não
somente pela linguagem, a lógica como um entendimento e organização racional
das formas também se dedica a estabelecer os nexos causais dentro da
matemática. Para que um resultado de um cálculo matemático esteja correto, o
matemático ou a máquina que realiza a operação devem obedecer a um padrão
formal que respeita as regras racionais, adentrando, assim, no âmbito da lógica
matemática.
Aristóteles,
discípulo de Platão, deixou para a posteridade um conjunto de escritos
conhecidos como lógica aristotélica ou lógica clássica. Neles podemos encontrar
formas de se entender os raciocínios dedutivos e indutivos na linguagem pelos
silogismos. O quadrado aristotélico é um quadro de exposição e qualificação de
elementos linguísticos que, combinados de determinadas maneiras, provocam
concordância ou discordância na fala.
A lógica, como estudo e identificação das formas
válidas e corretas na linguagem, identifica e qualifica aquilo que não possui
uma validade formal coesa e correta. As situações de não correção da forma
daquilo que foi enunciado pela linguagem é falácia.
O filósofo
alemão Gottlob Frege revolucionou a lógica ao atentar para a necessidade de um
maior entendimento matemático dos estudos de lógica. Ele desenvolveu um método
chamado de cálculo de predicados, que analisa proposições linguísticas por meio
de processos dedutivos matemáticos. As contribuições de Frege para a lógica e para a filosofia da
linguagem são consideradas importantes e, sem elas, não seria possível ter criado
um código de programação de computadores capaz de traduzir dados criptografados
por outras máquinas. Sem o aparato teórico lógico deixado por Frege, o
matemático britânico Alan Turing, considerado o “pai” da informática e dos
computadores, não poderia ter construído o primeiro computador da história.
Silogismo é um raciocínio lógico dedutivo, que a partir de duas certezas prévias (premissas)
chega-se a uma conclusão nova, que não está diretamente referida nas premissas.
Exemplo: Todo homem é mortal. (premissa 1); Sócrates é homem. (premissa 2) Logo,
Sócrates é mortal. (conclusão). Essa é a estrutura básica do silogismo e o
fundamento da lógica. Os três termos do silogismo podem ser classificados
quanto à sua quantidade (universal, particular ou singular) e sua qualidade
(afirmativa ou negativa)
As
proposições podem variar quanto à sua qualidade em: Afirmativas e Negativas. Também
podem variar quanto à sua quantidade em: Universais, Particulares, Singulares.
Lógica
Formal: simbólica, há a redução das proposições a conceitos bem definidos.
Desse modo, o que é dito não é o mais importante, e sim, sua forma.
As
proposições podem ser trabalhadas de diversas formas e servir de base para a validação
formal de um enunciado.
Conjunção é
a união entre proposições.
Disjunção é
a separação entre proposições.
Condicional é o estabelecimento de uma relação de
causalidade ou condicionalidade.
A palavra
lógica pode denotar tanto um conjunto de regras racionais para a obtenção de um
conhecimento quanto à área da filosofia que estuda a validade formal das
proposições linguísticas e matemáticas. A lógica, enquanto propriedade
linguística, se preocupa com a validade
formal lógica. Na matemática, é a lógica que garante a estrutura formal
racional das equações e demais elementos matemáticos que, de algum modo,
relacionam-se.
A lógica em si
foi descoberta. Desde que existe racionalidade, a lógica existe. Quem a
descobriu foi Aristóteles. As suas criações dizem respeito apenas à
nomenclatura que ele deu e ao estudo sistemático daquilo que era a lógica. A
lógica aristotélica, também chamada de lógica clássica, sustenta-se com base em
princípios racionais e nos silogismos.
A lógica
determina a organização e a validade do pensamento e dos enunciados
linguísticos.
Gottlob
Frege revolucionou a lógica ao misturar elementos matemáticos e linguísticos
para o entendimento de enunciados e ao distinguir as noções de sentido e
referente. Isso possibilitou o aprofundamento na programação, o que, por sua
vez, forneceu bases para a criação da informática e dos computadores.
Os filósofos
alemães Ludwig Wittgenstein e Rudolf Carnap e o britânico Bertrand Russell,
dedicaram-se a estudar as relações entre a lógica e a linguagem, aprofundando
os estudos da chamada filosofia analítica da linguagem.
Os estudos
de lógica foram iniciados por Aristóteles, entre 384 a.C e 322 a.C., na Grécia
Antiga. Percebeu que a maior distinção entre o ser humano e os demais animais é
a linguagem. E também que há uma estrutura linguística que deve ser obedecida
para que os enunciados tenham sentido.
A Filosofia
nasceu na Grécia e seu “pai” foi Tales de Mileto. A questão sobre a
possibilidade de conciliar fé e razão deu origem à Filosofia da Religião.
Lógica (do
grego λογική logos[1]) tem dois significados principais: discute o uso de
raciocínio em alguma atividade e é o estudo normativo, filosófico do raciocínio
válido.[2]
A lógica
examina de forma genérica as formas que a argumentação pode tomar, quais dessas
formas são válidas e quais são falaciosas. Em filosofia, o estudo da lógica
aplica-se na maioria dos seus principais ramos: metafísica, ontologia,
epistemologia e ética. Na matemática, estudam-se as formas válidas de
inferência de uma linguagem formal.[4] Na ciência da computação, a lógica é uma
ferramenta indispensável. Por fim, a lógica também é estudada na teoria da
argumentação.[
A lógica é
frequentemente dividida em três partes: o raciocínio indutivo, o raciocínio abdutivo
e o raciocínio dedutivo.
O conceito
de forma lógica é central à lógica, que se baseia na ideia de que a validade de
um argumento é determinada pela sua forma lógica, não pelo seu conteúdo. A
lógica silogística aristotélica tradicional e a lógica simbólica moderna são
exemplos de lógicas formais.
Lógica
informal é o estudo da argumentação em língua natural. O estudo de falácias é
um ramo particularmente importante da lógica informal.
Lógica
formal é o estudo da inferência com conteúdo puramente formal. Uma inferência
possui um conteúdo puramente formal se ele pode ser expresso como um caso
particular de uma regra totalmente abstrata, isto é, uma regra que não é sobre
uma coisa qualquer em particular.
“Eu gosto do que
é benéfico; Amo os meus familiares e o próximo; Só adoro a Deus. Contribuo
social e economicamente; Atribuo o sucesso ao mérito pessoal; Rogando a benção,
inspiração, mediação e proteção Divina! (EM).”
Lógica simbólica
é o estudo das abstrações simbólicas que capturam as características formais da
inferência lógica.[8][9] A lógica simbólica é frequentemente dividida em dois
ramos: lógica proposicional e a lógica de predicados.
Lógica
matemática é uma extensão da lógica simbólica em outras áreas, em especial para
o estudo da teoria dos modelos, teoria da demonstração, teoria dos conjuntos e
teoria da recursão.
Lógica
aristotélica: sistema lógico desenvolvido por Aristóteles a quem se deve o
primeiro estudo formal do raciocínio. Dois dos princípios centrais da lógica
aristotélica são a lei da não contradição e a lei do terceiro excluído. A lei
da não contradição diz que nenhuma afirmação pode ser verdadeira e falsa ao
mesmo tempo e a lei do terceiro excluído diz que qualquer afirmação da forma *P
ou não P* é verdadeira. Esse princípio deve ser cuidadosamente distinguido do
*princípio de bivalência*, o princípio segundo o qual para toda proposição (p),
ela ou a sua negação é verdadeira.
Lógica
material: Trata da aplicação das operações do pensamento, segundo a matéria ou
natureza do objeto a conhecer. Neste caso, a lógica é a própria metodologia de
cada ciência. É, portanto, somente no campo da lógica material que se pode
falar da verdade: o argumento é válido quando as premissas são verdadeiras e se
relacionam adequadamente à conclusão.
A lógica de orações explica como funcionam palavras
como "e", "mas", "ou", "não",
"se-então", "se e somente se", e "nem-ou". Frege
expandiu a lógica para incluir palavras como "todos",
"alguns", e "nenhum". Ele mostrou como podemos introduzir
variáveis e quantificadores para reorganizar orações.
A Lógica é
extensivamente utilizada em todas as áreas vinculadas aos computadores.
Lógica
modal: agrega à lógica clássica o princípio das possibilidades. Enquanto na
lógica clássica existem orações como: "se amanhã chover, vou viajar",
"minha avó é idosa e meu pai é jovem", na lógica modal as orações são
formuladas como "é possível que eu viaje se não chover", "minha
avó necessariamente é idosa e meu pai não pode ser jovem".
Lógica
epistêmica: também chamada "lógica do conhecimento", agrega o
princípio da certeza, ou da incerteza
Lógica deôntica:
forma de lógica vinculada à moral agrega os princípios dos direitos, proibições
e obrigações. É o sistema de lógica usado para indicar condutas e
comportamentos, e que inclui as relações de poder entre indivíduos. Enquanto a
lógica clássica trata do que "é ou não é", a lógica deôntica trata do
que "se deve ou não fazer".
Lógica
paraconsistente: É uma forma de lógica onde não existe o princípio da
contradição. Nesse tipo de lógica, tanto as orações afirmativas quanto as
negativas podem ser falsas ou verdadeiras, dependendo do contexto. Uma das
aplicações desse tipo de lógica é o estudo da semântica, especialmente em se
tratando dos paradoxos.
Lógica
paracompleta: Esta lógica derroga o princípio do terceiro excluído, isto é, uma
oração pode não ser totalmente verdadeira, nem totalmente falsa.
Lógica
difusa: Mais conhecida como "lógica fuzzy", trabalha com o conceito
de graus de pertinência.