O LATIM
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Fundada em 753 a.C., Roma
era uma pequena povoação do Lácio, no centro da Península Itálica. Roma
consolidou seu poder assenhorando-se de toda a península através de lutas ou
alianças com os Sabinos, Volscos e Equos etruscos. De 343 a 290 a.C., lutaram
contra os Samnitas, e de 282 a
272 a.C. contra Pirro, e venceram. Conquistas: A Sicília em 241 a.C., Córsega e
Sardenha em 238 a.C., Ilíria (Dalmácia) de 229 a 228 a.C. De 225 a 222 a.C, a Gália Cisalpina,
em 215, Venecia, Hispânia em 19 a.C. Entre 197 e 146 a.C., a Grécia e a
Macedônia, e a Tunísia, entre 58 e 51 a.C, o resto da Gália, a Trácia, em 46 a.C,
em 30 a.C o Egito, Récia (Suíça) em 17 a.C,
a Vindelícia e a Nórica (Áustria), em 9 a.C a Panônia (Hungria), em 43 D.C
a Britânia (Inglaterra), em 50
a Bretanha e em 70, a Palestina, em 85 a Caledônia (Escócia),
em 107 a
Dácia (Romênia), a Arábia Petréia, a mesopotâmia (Iraque), a Armênia. Este
seria considerado o apogeu do Império,
Em 395 é dividido o império
em dois: O império do Ocidente, que gerou a maioria dos países de línguas
neolatinas existiria até 476 invadido por Odoacro, rei dos Hérulos. O Império
Romano do Oriente originou o Império Bizantino até a queda de Constantinopla, o
fim da Idade Média.
LATIM:
A língua
latina, o latim, é uma antiga língua indo-européia do ramo itálico
originalmente falada no Lácio, a região do entorno de Roma. Foi como a língua
oficial da República Romana, do Império Romano, da Igreja Católica e dos
acadêmicos e filósofos europeus medievais. Língua flexiva e sintética, a sua
sintaxe é variável. O alfabeto latino, derivado dos alfabetos etrusco e grego é
o mais amplamente usado no mundo. Hoje uma língua morta Serve de fonte
vocabular para a ciência, o mundo acadêmico e o direito. O latim vulgar, no seu
uso popular inculto, é o ancestral das línguas neolatinas: italiano, francês,
espanhol, português, romeno, catalão, romanche e outros idiomas e dialetos
regionais da área; muitas palavras adaptadas do latim foram adotadas por outras
línguas modernas, como o inglês. O latim ainda é a língua oficial da Cidade do
Vaticano e do Rito Romano da Igreja Católica.
A inscrição
Duenos, do século VI a.C., é um dos textos mais remotos em latim antigo. O
latim integra as línguas itálicas e seu alfabeto baseia-se no alfabeto itálico
antigo, derivado do alfabeto grego. No século VIII a.C. ou IX a.C., o latim foi
trazido para a península Itálica pelos migrantes latinos, que se fixaram na
região de Lácio, em torno do rio Tibre. o latim sofreu a influência da língua
etrusca.
O latim era
apenas a língua de Roma, pequena cidade
circundada por centros menores (Lanuvio,
Preneste, Tivoli), nos quais se falavam dialetos latinos (o falisco). O grego
era difundido nas numerosas colônias da Sicilia e da Magna Grécia.
Latim pré-literário (do século VII a.C. ao século
II a.C.), Latim arcaico, a partir das origens da literatura, no
século III, até o final do século II a.C.. Latim clássico do final do século I
a.C. até c. 14 d.C, o período de Augusto, a idade de ouro da literatura latina,
destacando-se Ovídio, Cícero, Virgílio, Horácio e Tito Lívio, entre outros. Idade
de prata, de 14 d.C a cerca de 120 d.C; Latim
imperial, até o século II d.C.. Autores como Sêneca, Lucano, Petrônio,
Quintiliano, Estácio, Juvenal, Suetônio, que viveram entre os séculos I e II,
mantiveram invariante a língua literária clássica. No século II, surge, uma
moda cultural literária de recuperar os modelos clássicos do período de
Augusto; com autores como Apuleio, adquire importância
o latim vulgar, a base das línguas modernas derivadas do latim: as línguas
neolatinas. Latim tardio, incluindo o
período patrístico, do século II ao século V. No
período imperial tardio, autores como Ausônio e Claudiano, emergiram os Padres
da Igreja como Tertuliano, Ambrósio, Jerônimo e, Agostinho de Hipona. No século
IV Amiano Marcelino. Latim medieval, do século VI ao século XIV, surgimento das
línguas românicas. Latim renascentista, do
século XIV ao XVII. Neolatim (ou latim
científico), do século XVII ao século XIX.
A língua
falada no Império Romano do Ocidente na Antiguidade tardia (200 a 600 d.C)4 era
o latim vulgar.
O latim manteve-se por muito tempo como a língua
jurídica e governamental do Império Romano, com o tempo, o grego predominou entre os membros da elite culta
romana, pois a literatura e a filosofia estudada pela classe alta havia sido
produzida por autores gregos,
atenienses. No Império Bizantino, o grego suplantou o latim como idioma
governamental.
O latim
forneceu um repertório de termos para muitos campos semânticos, culturais e
técnicos.
Os romanos
usavam o alfabeto latino, derivado do alfabeto grego. O alfabeto latino
sobrevive como sistema de escrita das línguas românicas: português, célticas,
germânicas, inglês e outras.
Os antigos
romanos não usavam pontuação, macros, nem as letras j e u, letras minúsculas ou
espaço entre palavras. Escreviam tudo colado, sem qualquer separação ou
acentuação.
Com a
expansão do Império Romano o latim espalhou-se por toda a Europa formou dialetos,
com base no lugar em que se encontrava o falante. Evoluiu até tornar-se cada
uma das distintas línguas românicas. O italiano é a que mais conserva o latim
em seu vocabulário.
Nos nomes
científicos de organismos, costuma-se usar o latim. Muitas organizações ainda
hoje ostentam lemas em latim.
No latim
clássico cada substantivo ou adjetivo pode tomar sete formas, ou casos:
Caso
nominativo (sujeito e predicativo do sujeito)
Caso
vocativo (vocativo)
Caso
acusativo (objeto direto)
Caso dativo
(objeto indireto)
Caso
genitivo (indicando posse ou especificação)
Caso
ablativo (complementos circunstanciais)
Caso locativo,
que indica localização.
Sempre que dois povos entram em contato:
prevalece linguisticamente o que possui maior prestígio cultural.
O latim não possui artigos.
Os
substantivos têm dois números (singular e plural) e sete casos (nominativo,
vocativo, acusativo, genitivo, dativo, locativo e ablativo). Organizam-se em
cinco declinações, que se distinguem pela terminação da forma de genitivo singular:
1ª: -ae, 2ª: -i, 3ª: -is, 4ª: -us e 5ª: -ei. Há três gêneros gramaticais:
masculino, feminino e neutro. O gênero de um nome depende em certa medida da
declinação que o nome segue, mas a associação não é completamente rígida. Os
nomes da primeira declinação são quase todos femininos , mas os que têm
referentes humanos geralmente respeitam o gênero natural e por isso alguns são
masculinos. Os nomes da segunda declinação cujo nominativo singular termina em
-um são todos neutros. Os restantes nomes desta declinação são quase todos
masculinos, mas há muitos nomes de árvores em -us, -i e estes são todos
femininos. Nas restantes declinações o gênero é mais arbitrário.
O adjetivo concorda com o nome que modifica ou de
que é predicado em número, gênero e caso.
A numeração
de 1 a 10 é: unus/una/unum, duo/duae/duo, tres/tria, quattuor, quinque, sex,
septem, octo, novem, decem; 11 undecim, 12 duodecim, 13 tredecim, 20 viginti,
30 triginta, 100 centum.
Os verbos
flexionam em pessoa, número, tempo, modo, aspeto e voz. Cada verbo pertence a
uma de quatro conjugações, que se distinguem pela forma de infinitivo presente
ativo: 1ª: -are, 2ª: -ēre, 3ª: -ěre, 4ª: -ire. O lema de um verbo latino não é,
contudo uma forma de infinitivo, mas sim a forma de primeira pessoa singular do
presente do indicativo ativo: o verbo sum ("sou"), não esse
("ser").
O latim
possui poucos nomes e verbos com flexão verdadeiramente irregular, mas contém
muitíssimos verbos cujas formas se baseiam em radicais diferentes e que não são
previsíveis entre si.
O pronome
interrogativo é quis (masculino e feminino) "quem?", quid
"quê?". Quis possui formas plurais qui/quae/qua. Os demonstrativos
são is/ea/id, hic/haec/hoc, "este/esta/isto", iste, ista, istud
"esse, essa, isso", ille/illa/illud "aquele/aquela/aquilo".
Os pronomes pessoais são: singular ego "eu", tu "tu";
plural nos "nós", uos "vós". Para a terceira pessoa podem
usar-se demonstrativos ou sujeitos nulos.
Os numerais
latinos podem ser Cardinais, Ordinais, Multiplicativos e Distributivos.
É grande a influência exercida pelo Latim,
notadamente no âmbito familiar. As palavras father e mother têm origem na língua latina,
assim como as palavras uncle ou ant.
As nações da América Latina, com exceção do Suriname e da Guiana Inglesa.
FILIUS Herdeiro. It
figlio, fr fils, port filho.
FILIASTER Filho de um
primeiro casamento, afilhado.
FILIUOLO it. Figliuolo,
fr filleuil, diminutivo especializado pelo cristianismo, "filho
querido".
AFFILIARE Termo jurídico
latino, tomar como filho.
AVUNCULUS fr aïeul (antepassado)
e oncle (tio). Referia-se a todos os antepassados. "meus avós" no
sentido de "meus antepassados".
AVIOLA pt avó, cast
habuela. Do latim vulgar Aviola está documentado em latim como
apelido de alguém de pouco vigor físico, de uma forma irônica.
BISAVIOLA duas vezes
avó, como bis significa duas vezes.
TRANSAVIA trans, (mais além) é o prefixo que
está na origem de "tataravô".
“O objetivo mora no
presente; o resultado objetivado mora no futuro e a caminhada para atingir o
objetivo mora no durante. (EM).”