domingo, 25 de maio de 2014

INCONTINÊNCIA URINÁRIA

E-Mail: ernídiomigliorini@gmail.com

A incontinência urinária ocorre quando não é possível ter controle sobre a urina que sai da uretra, canal que leva a urina da bexiga para fora do organismo.
Tipos principais de incontinência urinária:
·                     Incontinência de esforço: ocorre durante algumas atividades, como tossir, espirrar, rir ou realizar exercícios.
·                     Incontinência de urgência: envolve uma necessidade súbita e forte de urinar, seguida de uma contração instantânea da bexiga e a perda involuntária de urina.
·                     Incontinência de sobrefluxo: - ocorre quando a bexiga não se esvazia por completo, o que leva ao gotejamento.
·                     Incontinência mista: envolve mais de um tipo de incontinência urinária.
A incontinência é mais comum entre idosos. As mulheres estão mais propensas a ter incontinência urinária.
Crianças e bebês não são considerados incontinentes, pois ainda não aprenderam a controlar a vontade de urinar. Em crianças de até 6 anos. Do sexo feminino podem apresentar pequenos vazamentos de urina ao rir.
A enurese noturna: em crianças é normal até a idade de 5 ou 6 anos.

Micção normal:

Normalmente, a bexiga começa a se encher de urina que provém dos rins. Ela se expande para permitir volumes maiores de urina. A primeira vontade de urinar ocorre quando há cerca de 200 mL de urina retida na bexiga. O sistema nervoso saudável responde a essa sensação de expansão alertando o indivíduo por meio da vontade de urinar, permitindo, ao mesmo tempo, que a bexiga continue enchendo.
Um indivíduo normal pode reter cerca de 350 a 550 ml  de urina. Dois músculos ajudam a controlar o fluxo de urina:
·                     O esfíncter: o músculo circular ao redor da abertura da bexiga deve ser capaz de se contrair para evitar que a urina vaze.
·                     O músculo da parede da bexiga, o  detrusor: deve se manter relaxado para que a bexiga possa se expandir.
No momento de esvaziar a bexiga, o músculo da parede da bexiga o detrusor, se contrai ou se aperta para forçar a urina para fora da bexiga. Antes da contração desse músculo, o corpo deve ter a capacidade de relaxar o esfíncter para permitir que a urina seja expelida.
A capacidade de controlar a urina depende de uma anatomia normal, um sistema nervoso funcionando normalmente e a capacidade de reconhecer e responder à vontade de urinar.

Causas Da Incontinência Urinária:

·                     Problemas anatômicos
·                     Bloqueio
·                     Problemas cerebrais ou nervosos
·                     Distúrbios musculares ou nervosos (distúrbios neuromusculares)
·                     Demência ou outros problemas psicológicos que afetam a capacidade de reconhecer ou responder à necessidade de urinar
A incontinência pode ser de caráter repentino e temporário ou constante e de longo prazo. Ascausas da incontinência repentina ou temporária incluem:
·                     Convalescência durante a recuperação de uma cirurgia
·                     Alguns medicamentos como diuréticos, antidepressivos, tranquilizantes e alguns remédios para tosse e resfriado e anti-histamínicos para alergias.
·                     Confusão mental
·                     Gravidez
·                     Infecção ou inflamação na próstata
·                     Acúmulo fecal causado por forte constipação, causando pressão sobre a bexiga
·                     Infecção do trato urinário ou inflamação.
·                     Ganho de peso
Causas da incontinência de longo prazo:
·                     Mal de Alzheimer
·                     Câncer de bexiga
·                     Espasmos da bexiga
·                     Depressão
·                     Próstatas grandes
·                     Problemas neurológicos, como esclerose múltipla ou derrame
·                     Danos aos nervos ou aos músculos após radioterapia pélvica
·                     Prolapso pélvico em mulheres - queda ou deslocamento da bexiga, uretra ou reto para a área vaginal, muitas vezes relacionado a várias gestações ou partos
·                     Problemas na estrutura do trato urinário
·                     Lesões na coluna
·                     Fraqueza do esfíncter
·                     o músculo circular da bexiga responsável por abri-la e fechá-la. cirurgia vaginal ou na próstata

Recuperação:

Plano de tratamento. Há muitas medidas para ajudar a controlar a incontinência. Os métodos  usados para fortalecer os músculos do assoalho pélvico:
·                     Reeducação da bexiga envolve urinar em horários programados, mesmo que  não esteja com vontade. Entre esses horários, deve tentar esperar até o próximo horário programado. Primeiro,  precisará programar intervalos de 1 hora. De forma gradual,  poderá aumentar para intervalos de 1 a 2 horas, até que passe a urinar a cada 3 a 4 horas sem vazamento.
·                     Exercícios de Kegel - contrair os músculos do assoalho pélvico por 10 segundos e, em seguida, relaxe-os por 10 segundos. Repitir 10 vezes. Praticar estes exercícios três vezes por dia.Pode praticá-los em qualquer lugar e a qualquer momento.
Para localizar os músculos pélvicos, ao começar a praticar os exercícios de Kegel, interromper o fluxo de urina em meio ao ato de urinar. Os músculos necessários para esse procedimento são os músculos do assoalho pélvico. NÃO contraia os músculos do abdome, das coxas e das nádegas. E NÃO pratique os exercícios em excesso. Isso poderá cansar os músculos e agravar a incontinência.
Dois métodos chamados de biofeedback e estimulação elétrica podem ajudar a aprender como praticar os exercícios de Kegel. O biofeedback utiliza eletrodos colocados sobre os músculos do assoalho pélvico, que emitem uma resposta quando os músculos são contraídos e quando estão relaxados. A estimulação elétrica utiliza uma corrente elétrica de alta tensão para estimular os músculos do assoalho pélvico. Esse procedimento pode ser realizado em casa ou durante uma consulta médica, por 20 minutos, diariamente, por até 4 dias.
O biofeedback e a estimulação elétrica não serão mais necessários quando  for capaz de identificar os músculos do assoalho pélvico e conseguir fazer os exercícios por conta própria.
O uso de cones vaginais melhora o desempenho dos exercícios de Kegel para mulheres. Há outros procedimentos para tratar a incontinência.
Para conter o vazamento, use absorventes ou fraldas para adultos. Há vários produtos, especificamente desenvolvidos, que podem ser usados 
Outras medidas incluem:
·                     Regule o intestino para evitar a prisão de ventre. Tente aumentar as fibras na sua dieta alimentar.
·                     Parar de fumar.
·                     Evite o álcool e bebidas cafeinadas, principalmente o café, que pode superestimular a bexiga.
·                     Perca peso, se for necessário.
·                     Evitar alimentos e bebidas que possam irritar a bexiga, como comidas picantes, bebidas gaseificadas, frutas e sucos cítricos.
·                     Mantenha o açúcar do sangue sob controle.
Os medicamentos que podem ser prescritos incluem remédios que relaxam a bexiga, aumentam o tônus muscular da bexiga ou fortalecem o esfíncter.
Em todas as situações recomenda-se a consulta médica.
“Um sábio por inerência, sempre vai procurar extrema identificação com o verdadeiro conceito e sabedoria e nunca afastar-se-á da prudência. (EM).”
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          

sexta-feira, 23 de maio de 2014

EMPOWERMENT


TEORIA EMPOWERMENT
E-mail; ernidiomigliorini@gmail.com
Empowerment significa “dar poder a”. Na Teoria das Organizações, Empowerment é  uma “tecnologia”, “modelo”, “técnica” ou  “modismo” da prática administrativa. Empregada gerencialmente, como instrumento de controle, maneira de legitimar o papel central das organizações econômicas na vida de seus funcionários.
Como Política Cognitiva consiste no uso consciente ou inconsciente de uma linguagem distorcida, cuja finalidade é levar as pessoas a interpretarem a realidade em termos adequados aos interesses dos agentes diretos e/ou indiretos de tal distorção.
A política cognitiva é a moeda corrente psicológica da sociedade centrada no mercado.
Deve-se cuidar para que as mudanças que deseja-se implementar nas organizações tenham propósito claro, e que este propósito não seja meramente aumentar a produtividade. No caso do Empowerment, deve-se atentar para o fato de que conferir poder aos funcionários é uma forma de aumentar a satisfação e o comprometimento dos mesmos com o trabalho. É também uma maneira de tornar as organizações mais humanas, menos massacrantes, menos opressoras.
Se utiliza-se um discurso de valorização do ser humano no ambiente de trabalho, mas apenas como aparência, enquanto a essência permanece inalterada, corre-se o risco de contribuir para a degradação da sociedade e da cultura locais.
O mercado não pode ser a única agência cêntrica da influência social, os laços comunitários e os traços culturais específicos também devem ser relevados.
Delegação de Poder: O administrador confere Empowerment aos outros lhes dando autoridade igual à responsabilidade que lhes é designada. O poder não pertence à empresa ou aos administradores. O poder transita pelos indivíduos, não se aplica a eles. O poder não é algo que se possa possuir. Portanto não existe, em nenhuma sociedade, divisão entre os que têm e os que não têm poder. Poder se exerce ou se pratica. O poder, per sí, não existe. O que há são relações, práticas de poder. O poder circula.
Pessoas e organizações:
Na Teoria Administrativa, há como pré requisito para a implementação do Empowerment nas empresas, que os funcionários façam das metas organizacionais as suas metas.
A satisfação das pessoas não pode ser alcançada apenas dentro do âmbito das organizações econômicas. As organizações formais não constituem o cenário apropriado para a desalienação e para a auto-atualização das pessoas. O papel dos especialistas em teoria das organizações consiste em definir o escopo e os limites de tais organizações na existência humana em geral.
As organizações econômicas servem para suprir uma parte da nossa existência, a sobrevivência, mas não podem gerar a satisfação plena dos seres humanos. Somos muito mais do que consumidores e trabalhadores, e não podemos restringir a vida humana a menos do que isso.
Mudanças internas não bastam. Mas sim, o senso que têm os cidadãos de suas necessidades genuínas, pessoais. A sociedade centrada no mercado, não permite uma coerente prática do verdadeiro humanismo.
Não se deve colocar a organização econômica formal no centro da existência humana, deve-se dar ênfase à questão da delimitação organizacional, da aprendizagem dos meios de facilitar múltiplos tipos de micros sistemas sociais, transformando a organização econômica formal num enclave restrito e incidental, no espaço vital da vida humana, assim deixando margem para relacionamentos interpessoais livres das pressões projetadas e organizadas.
Autogestão: Implica na inexistência de uma liderança cristalizada na figura de um chefe, gerente ou patrão. Todos participam das decisões administrativas em igualdade de condições.
No Empowerment, os funcionários de uma empresa devem participar dos processos meio e fins, da melhoria e otimização da execução de um fim proposto em conjunto com a cúpula da organização. Trata-se de uma integração da criatividade e a iniciativa operária ao processo produtivo de ordem capitalista, e aumento de as satisfação pessoal. Os funcionários recebem uma dose de auto-organização para a execução de suas tarefas e na determinação dos meios para o alcance de objetivos, mas com a definição de metas o trabalhador também participa no processo de produção Dos fins.
Em uma organização autogestionária, as decisões fundamentais têm de ser tomadas pelo coletivo. Para isso é necessário que todos tenham acesso às informações, responsabilidade com o coletivo e disciplina.
A autogestão é impelida pelas condições materiais do nosso tempo, O homem que conduz a experiência de sua própria gestão é o homem contemporâneo. A autogestão é um fenômeno pós-industrial baseado na associação de homens em suas vidas para uma participação maior e mais profunda. Expressa o impulso cultural das massas que querem o controle dos processos de mudança histórica.
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Empowerment: é uma ação da gestão estratégica que visa o melhor aproveitamento do capital humano nas organizações através da delegação de poder. Poder como sendo o resultado do compartilhamento de informações fundamentais sobre o negócio e seus projetos, da delegação de autonomia para a tomada de decisões, e da participação ativa dos colaboradores na gestão do negócio, assumindo responsabilidades e liderança de forma compartilhada. Libertar a empresa do vício da centralização das decisões, que a torna lenta e burocrática. Com esta atitude a empresa descentraliza suas decisões e estabelece um estilo de gestão extremamente  participativa, dando maior autonomia a seus colaboradores. As vantagens são maior motivação, maior satisfação das pessoas, maior agilidade e flexibilidade, maior potencial de competitividade. As pessoas; elas precisam ter reais condições de agir no pleno exercício da sua responsabilidade, desenvolvendo o "ownership", ou seja, agirem como intraempreendedores e como se fossem "proprietárias" do negócio, pensando como empresários.
Para isto é necessário:

1. Um profundo compartilhamento das informações com todos os envolvidos. A informação é o objeto que destrói a incerteza. Ela é fundamental para a correta tomada de decisões. As equipes precisam estar informadas sobre lucros, budgets, market share, concorrência, produtividade, ameaças, desafios e oportunidades. A Informação deve circular, de maneira clara, transparente e adaptada à condição e necessidade de cada equipe em particular. Algumas informações gerais para o bom entendimento do negócio e do cenário devem ser compartilhadas com todas as pessoas, outras mais restritas e sigilosas, apenas com as pessoas-chave.

2. A abertura para uma real autonomia dando às pessoas não somente as informações, mas o apoio e a liberdade necessária para agirem. É preciso confiar nestes profissionais e incentivá-los a liderar os processos em que estão envolvidos, e sob os quais assumiram responsabilidades. Uma cultura punitiva impede a autonomia; erros devem ser corrigidos, não punidos. A autonomia deve guiar-se pela visão, missão e valores da empresa, assim como por seus objetivos e metas, dentro do contexto dos sistemas e processos em vigor na organização. Esta clareza de visão, missão, objetivos, metas e processos permite que as pessoas empoderadas possam tomar decisões coerentes. É esta clareza que estabelece as fronteiras, ou seja, os limites, de autonomia.

3. Redução dos níveis hierárquicos e da burocracia que tornam as empresas lentas e rígidas. Através da prática de Empowerment, equipes auto-gerenciadas podem atingir alta performance e buscar a excelência em níveis muito superiores aos de empresas centralizadoras.

Empowerment pode e deve ser aplicado em todos os níveis da organização. Ele permite que os gestores deleguem a solução de problemas a colaboradores que se sentem valorizados, motivados pela confiança, e isso aumenta sensivelmente o nível de comprometimento e de satisfação das pessoas no trabalho. Esta prática desperta o que há de melhor nas pessoas e em seus líderes e estimula o aparecimento e a formação de novos líderes.


A adoção do Empowerment demonstra um amadurecimento da cultura organizacional, independentemente do tamanho da empresa. Ele favorece a auto-realização das pessoas e é um dos grandes atrativos para reter os melhores talentos, já que estes não desejam trabalhar em empresas onde não possam atuar com autonomia e possibilidades de construir uma carreira de sucesso!

 “A socialização do conhecimento sempre é construtiva e gera uma qualificação abrangente e significativa de um grupo. (EM).”